No começo do ano, a Meta anunciou que acabará com o sistema de checagem de fatos feita por terceiros — ou seja, a desinformação e a disseminação de conteúdos falsos vão continuar crescendo nas redes sociais. Toda a sociedade sofre com as consequências, mas as marcas também enfrentarão muitos riscos em anunciar dentro de ambientes considerados 'não-seguros'. Nestes lugares, as pessoas são constantemente suscetíveis a golpes e isso impacta diretamente as relações de consumo: um estudo da Silverguard aponta que nada menos do que 8 a cada 10 golpes aplicados começam nas redes sociais e de mensageria da Meta, por exemplo. E os dados, principalmente relacionados às marcas e anunciantes, estão cada vez mais escassos. Segundo o ITD (índice de transparência de dados das plataformas de redes sociais), criado pelo NetLab UFRJ, nenhuma plataforma avaliada alcança uma pontuação ideal no que diz respeito às medidas de transparência e de acesso a dados e à qualidade dos dados retornados. No estudo, foram analisados 40 parâmetros, em diferentes critérios, das seguintes redes: YouTube, Facebook, Instagram, X/Twitter, Telegram, TikTok, Kwai e WhatsApp. De todas essas plataformas, apenas o YouTube possui dados que podem ser considerados 'satisfatórios'. Para ampliar o debate sobre o tema, a Abap (associação brasileira das agências de publicidade) realizou nesta semana um evento para divulgar os números do relatório produzido pelo NetLab UFRJ, laboratório de estudos de internet e redes sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O estudo foi criado a pedido da Senacom (Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública). O webinar, apresentado por Marie Santini (fundadora do NetLab) e Marcio Borges (pesquisador do NetLab e vice-presidente da agência WMcCann), focou na metodologia do relatório e apresentou números finais do estudo. Os dados completos e a metodologia podem ser encontrados no site do laboratório. |