Bruxelas eleva previsão de crescimento da eurozona apesar da incerteza
Bruxelas, 11 Mai 2017 (AFP) - A Comissão Europeia anunciou nesta quinta-feira um leve aumento da previsão de crescimento da zona do euro para 2017, mas deixou inalterada a projeção de 2018, em um cenário de recuperação econômica após anos de crise, mas de alcance "desigual" entre países.
A expansão nos 19 países que integram o bloco da moeda única será de 1,7% este ano e de 1,8% em 2018, segundo o Executivo da UE, que elevou em 0,1% a previsão de 2017 em relação as projeções publicadas em fevereiro. O resultado de 2016 também aumentou 0,1%, a 1,8%.
"Pela primeira vez, prevemos que todos os países da UE sem exceção registrarão um crescimento tanto este ano de 2017 como em 2018", afirmou em entrevista coletiva o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
No entanto, a incerteza continua pesando sobre a economia europeia, por causa "da política econômica e comercial americana", das "tensões geopolíticas", "do programa de ajuste econômico da China" ou do estado do setor bancário na Europa, detalha Bruxelas.
As negociações de divórcio com o Reino Unido são outros dos riscos apontados pelo executivo comunitário, semanas antes do início das complexas negociações formais sobre o Brexit.
"O Reino Unido resistiu bem às incertezas de 2016", segundo Moscovici. A economia britânica, que não pertence à zona do euro, registrará uma expansão de 1,8% em 2017 e de 1,3% um ano depois, informou a Comissão, que elevou em 0,3% e 0,1% suas estimativas de fevereiro.
- Situação 'desigual' -Quando a recuperação econômica começa a se reforçar na zona no euro após a crise financeira mundial de 2008 e a posterior crise da dívida, esta não chega a todos os países do euro, onde "em termos de emprego e de investimentos" continua sendo "desigual", para o comissário europeu das Finanças.
"As economias que fizeram reformas estruturais mais ambiciosas obtiveram melhores resultados", indicou o vice-presidente para o Euro da Comissão, Valdis Dombrovskis, que pediu a reforma do mercado de trabalho e dos sistemas de proteção social para "restabelecer o equilíbrio".
A Espanha lidera o crescimento entre as principais economias da zona do euro com 2,8% em 2017 (+0,5% na comparação com as últimas previsões) e 2,4% (+0,3) em 2018, seguida pela Alemanha com 1,6% e 1,9% (+0,1), respectivamente.
No entanto, a herança da crise continua impactando a taxa de desemprego espanhola, que, depois de rondar os 27% no início de 2013, pode situar-se em 17,6% em 2017 e em 15,9% um ano depois, longe da média da zona do euro de 9,4% e 8,9% nesse mesmo período.
As previsões do executivo comunitário indicam que a Espanha teria cumprido em 2016 sua meta de déficit, com 4,5% frente ao 4,6% acordado com Bruxelas e passaria abaixo do limite de 3% marcado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento em 2018 (2,6%), quando poderia sair do procedimento por déficit excessivo.
A França, com o crescimento que deve se manter 1,4% em 2017 e e avançar para 1,7% no ano seguinte, é outro país que violaria o limite do Pacto com 3% e 3,2% no mesmo período. Embora Bruxelas tenha elevado essa previsão, Moscovici assegurou que não representa uma "pressão" ao novo presidente francês Emmanuel Macron.
- 'Avatares' na Grécia -A Grécia deve crescer 2,1% em 2017 e 2,5% em 2018, segundo a Comissão Europeia, que reduziu em 0,6% suas projeções para p país, mergulhado desde 2010 em uma série de programas de resgate em troca de duras reformas.
O executivo comunitário justifica essa redução nos maus resultados econômicos da Grécia no quarto trimestre de 2016 e a incerteza que pesa sobre o programa de resgate grego.
Atenas espera o desbloqueio de uma nova parcela de ajuda, mas para isso seus credores -os países europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI)- devem concordar sobre a elevada dívida grega, que chegou a 179% do PIB em 2016.
"O crescimento da Grécia está vinculado aos avatares, aos avanços e atrasos nas discussões sobre o programa" de ajuda, resumiu Moscovici, para quem é preciso "concluir" as negociações para obter um crescimento "realmente forte".
Para o conjunto da UE, a Comissão aumentou em 0,1% a previsão para 2017, com um crescimento de 1,9%, a mesma expansão que o bloco de 28 países deve registrar em 2018.
A expansão nos 19 países que integram o bloco da moeda única será de 1,7% este ano e de 1,8% em 2018, segundo o Executivo da UE, que elevou em 0,1% a previsão de 2017 em relação as projeções publicadas em fevereiro. O resultado de 2016 também aumentou 0,1%, a 1,8%.
"Pela primeira vez, prevemos que todos os países da UE sem exceção registrarão um crescimento tanto este ano de 2017 como em 2018", afirmou em entrevista coletiva o comissário europeu de Assuntos Econômicos, Pierre Moscovici.
No entanto, a incerteza continua pesando sobre a economia europeia, por causa "da política econômica e comercial americana", das "tensões geopolíticas", "do programa de ajuste econômico da China" ou do estado do setor bancário na Europa, detalha Bruxelas.
As negociações de divórcio com o Reino Unido são outros dos riscos apontados pelo executivo comunitário, semanas antes do início das complexas negociações formais sobre o Brexit.
"O Reino Unido resistiu bem às incertezas de 2016", segundo Moscovici. A economia britânica, que não pertence à zona do euro, registrará uma expansão de 1,8% em 2017 e de 1,3% um ano depois, informou a Comissão, que elevou em 0,3% e 0,1% suas estimativas de fevereiro.
- Situação 'desigual' -Quando a recuperação econômica começa a se reforçar na zona no euro após a crise financeira mundial de 2008 e a posterior crise da dívida, esta não chega a todos os países do euro, onde "em termos de emprego e de investimentos" continua sendo "desigual", para o comissário europeu das Finanças.
"As economias que fizeram reformas estruturais mais ambiciosas obtiveram melhores resultados", indicou o vice-presidente para o Euro da Comissão, Valdis Dombrovskis, que pediu a reforma do mercado de trabalho e dos sistemas de proteção social para "restabelecer o equilíbrio".
A Espanha lidera o crescimento entre as principais economias da zona do euro com 2,8% em 2017 (+0,5% na comparação com as últimas previsões) e 2,4% (+0,3) em 2018, seguida pela Alemanha com 1,6% e 1,9% (+0,1), respectivamente.
No entanto, a herança da crise continua impactando a taxa de desemprego espanhola, que, depois de rondar os 27% no início de 2013, pode situar-se em 17,6% em 2017 e em 15,9% um ano depois, longe da média da zona do euro de 9,4% e 8,9% nesse mesmo período.
As previsões do executivo comunitário indicam que a Espanha teria cumprido em 2016 sua meta de déficit, com 4,5% frente ao 4,6% acordado com Bruxelas e passaria abaixo do limite de 3% marcado pelo Pacto de Estabilidade e Crescimento em 2018 (2,6%), quando poderia sair do procedimento por déficit excessivo.
A França, com o crescimento que deve se manter 1,4% em 2017 e e avançar para 1,7% no ano seguinte, é outro país que violaria o limite do Pacto com 3% e 3,2% no mesmo período. Embora Bruxelas tenha elevado essa previsão, Moscovici assegurou que não representa uma "pressão" ao novo presidente francês Emmanuel Macron.
- 'Avatares' na Grécia -A Grécia deve crescer 2,1% em 2017 e 2,5% em 2018, segundo a Comissão Europeia, que reduziu em 0,6% suas projeções para p país, mergulhado desde 2010 em uma série de programas de resgate em troca de duras reformas.
O executivo comunitário justifica essa redução nos maus resultados econômicos da Grécia no quarto trimestre de 2016 e a incerteza que pesa sobre o programa de resgate grego.
Atenas espera o desbloqueio de uma nova parcela de ajuda, mas para isso seus credores -os países europeus e o Fundo Monetário Internacional (FMI)- devem concordar sobre a elevada dívida grega, que chegou a 179% do PIB em 2016.
"O crescimento da Grécia está vinculado aos avatares, aos avanços e atrasos nas discussões sobre o programa" de ajuda, resumiu Moscovici, para quem é preciso "concluir" as negociações para obter um crescimento "realmente forte".
Para o conjunto da UE, a Comissão aumentou em 0,1% a previsão para 2017, com um crescimento de 1,9%, a mesma expansão que o bloco de 28 países deve registrar em 2018.
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