Popular, vendido ao Santander, estava sem liquidez, diz De Gindos
Madri, 12 Jun 2017 (AFP) - O ministro espanhol da Economia afirmou nesta segunda-feira que a venda do Banco Popular ao Santander por um euro era inevitável para evitar sua quebra, enquanto a oposição reprovou a ação, que não conseguiu evitar a ruína de milhares de acionistas.
"Todo esse processo foi realizado cumprindo ao pé da letra as regras de resolução estabelecidas no nível europeu", declarou o ministro Luis de Guindos diante da Comissão de Economia do Congresso dos Deputados.
"Conseguiu-se salvaguardar totalmente os interesses dos credores ordinários e depositantes", afirmou em referência aos 60 bilhões de euros em depósitos do Popular, o sexto banco da Espanha, com 35 bilhões de particulares.
"A alternativa teria sido não abrir o banco e declarar um concurso de credores no dia seguinte, com os evidentes prejuízos que isso causou em termos de atrasos e insegurança", afirmou De Guindos.
Segundo ele, o emprego do novo mecanismo europeu de resgate de bancos que permitiu a venda do Popular em apenas uma noite para o Santander, por um euro simbólico, era a solução com o "menor nível de complicações".
"Não ter-lhe dado uma solução mais cedo foi um erro gravíssimo", garantiu o deputado socialista Pedro Saura García, questionando o papel das autoridades, a cinco anos do resgate europeu do setor bancário espanhol.
Segundo o ministro, uma avaliação independente das contas do banco mostrou em meados de maio "um valor econômico negativo de cerca de 2 bilhões de euros", mas que chegava a 8,2 bilhões de euros "no cenário mais estressado".
"A vigilância não funcionou", disse a deputada do partido Coalizão Canária Ana Oramas, enquanto outro deputado regional, do partido PDCat, perguntou por que não suspenderam a operação na Bolsa, como aconteceu depois da divulgação da venda.
A audiência aconteceu no mesmo dia em que a organização de defesa dos consumidores OCU apresentou uma ação contra os antigos administradores do Popular e da auditora Pricewaterhousecooper, acusando-os de "fraude contável" e "estafa".
A associação espanhola de acionistas minoritários havia apresentado uma denúncia nesta quinta-feira, depois que ao menos 300.000 acionistas perderam tudo com a venda ao Santander por um euro simbólico, segundo a imprensa.
mck-av/du/eg/cc
"Todo esse processo foi realizado cumprindo ao pé da letra as regras de resolução estabelecidas no nível europeu", declarou o ministro Luis de Guindos diante da Comissão de Economia do Congresso dos Deputados.
"Conseguiu-se salvaguardar totalmente os interesses dos credores ordinários e depositantes", afirmou em referência aos 60 bilhões de euros em depósitos do Popular, o sexto banco da Espanha, com 35 bilhões de particulares.
"A alternativa teria sido não abrir o banco e declarar um concurso de credores no dia seguinte, com os evidentes prejuízos que isso causou em termos de atrasos e insegurança", afirmou De Guindos.
Segundo ele, o emprego do novo mecanismo europeu de resgate de bancos que permitiu a venda do Popular em apenas uma noite para o Santander, por um euro simbólico, era a solução com o "menor nível de complicações".
"Não ter-lhe dado uma solução mais cedo foi um erro gravíssimo", garantiu o deputado socialista Pedro Saura García, questionando o papel das autoridades, a cinco anos do resgate europeu do setor bancário espanhol.
Segundo o ministro, uma avaliação independente das contas do banco mostrou em meados de maio "um valor econômico negativo de cerca de 2 bilhões de euros", mas que chegava a 8,2 bilhões de euros "no cenário mais estressado".
"A vigilância não funcionou", disse a deputada do partido Coalizão Canária Ana Oramas, enquanto outro deputado regional, do partido PDCat, perguntou por que não suspenderam a operação na Bolsa, como aconteceu depois da divulgação da venda.
A audiência aconteceu no mesmo dia em que a organização de defesa dos consumidores OCU apresentou uma ação contra os antigos administradores do Popular e da auditora Pricewaterhousecooper, acusando-os de "fraude contável" e "estafa".
A associação espanhola de acionistas minoritários havia apresentado uma denúncia nesta quinta-feira, depois que ao menos 300.000 acionistas perderam tudo com a venda ao Santander por um euro simbólico, segundo a imprensa.
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