Mercado rebaixa previsão de inflação e crescimento no Brasil
Brasília, 19 Jun 2017 (AFP) - O mercado continua reduzindo suas previsões de inflação no Brasil, assim como suas expectativas de crescimento da maior economia latino-americana, que luta para sair da recessão.
A inflação deste ano deve ficar em 3,64%, segundo o relatório Focus publicado nesta segunda-feira, com base na estimativa média de uma centena de analistas e economistas consultados semanalmente pelo Banco Central (Bacen).
Na semana passada, a projeção do aumento de preços (índice IPCA) era de 3,71% e há quatro semanas chegava a 3,92%.
Para 2018, a projeção é de um aumento de preços de 4,33%, em relação aos 4,37% de uma semana antes.
Essas revisões são feitas depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na semana passada que o aumento de preços acumulado em doze meses ficou em 3,60% em maio, o seu menor patamar desde 2007.
A tendência se situa abaixo do centro da meta oficial, de 4,50% ao ano, mas o Bacen advertiu que descarta acelerar o ritmo dos cortes da taxa básica de juros (Selic), em meio à crise política provocada por denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer.
Uma crise que, desde que estourou em meados de maio, levou o mercado a revisar em baixa suas projeções de crescimento do PIB.
De acordo com o último relatório Focus, o PIB deste ano crescerá 0,40%, menos que as projeções de 0,41% feitas há uma semana e de 0,50% há quatro. A previsão de 2018 também caiu, a 2,20%, em comparação aos 2,30% estimados no relatório anterior e a 2,50% no de quatro semanas atrás.
A piora das expectativas contrasta com o anúncio deste mês de que a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre do ano, rompendo uma série de oito trimestres de contração.
A produção industrial somente crescerá 0,60% neste ano, segundo o relatório Focus, que há semana previa um aumento de 0,94% e há quatro anunciava um aumento de 1,30%.
O Brasil deixa um processo que combinou recessão e altos índices inflacionários. O IPCA teve um aumento de 10,67% em 2015 e de 6,20% em 2016. O PIB sofreu uma contração de 3,8% em 2015 e de 3,6% em 2016.
O refluxo da inflação permitiu ao Bacen iniciar um ciclo de cortes de sua taxa de juros, principal instrumento para controlar a inflação, elevando-a de 14,25% em outubro passado para 10,25%.
O Bacen, contudo, alertou nesta semana que moderará esse processo, devido as "incertezas" que pesam sobre as reformas pró-mercado por causa da crise política.
O mercado manteve sua aposta, inalterada há dez semanas, de que a Selic cairá a 8,50% neste ano e de que será mantida no mesmo nível ao longo de 2018, um ano eleitoral.
A inflação deste ano deve ficar em 3,64%, segundo o relatório Focus publicado nesta segunda-feira, com base na estimativa média de uma centena de analistas e economistas consultados semanalmente pelo Banco Central (Bacen).
Na semana passada, a projeção do aumento de preços (índice IPCA) era de 3,71% e há quatro semanas chegava a 3,92%.
Para 2018, a projeção é de um aumento de preços de 4,33%, em relação aos 4,37% de uma semana antes.
Essas revisões são feitas depois que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na semana passada que o aumento de preços acumulado em doze meses ficou em 3,60% em maio, o seu menor patamar desde 2007.
A tendência se situa abaixo do centro da meta oficial, de 4,50% ao ano, mas o Bacen advertiu que descarta acelerar o ritmo dos cortes da taxa básica de juros (Selic), em meio à crise política provocada por denúncias de corrupção envolvendo o presidente Michel Temer.
Uma crise que, desde que estourou em meados de maio, levou o mercado a revisar em baixa suas projeções de crescimento do PIB.
De acordo com o último relatório Focus, o PIB deste ano crescerá 0,40%, menos que as projeções de 0,41% feitas há uma semana e de 0,50% há quatro. A previsão de 2018 também caiu, a 2,20%, em comparação aos 2,30% estimados no relatório anterior e a 2,50% no de quatro semanas atrás.
A piora das expectativas contrasta com o anúncio deste mês de que a economia brasileira cresceu 1% no primeiro trimestre do ano, rompendo uma série de oito trimestres de contração.
A produção industrial somente crescerá 0,60% neste ano, segundo o relatório Focus, que há semana previa um aumento de 0,94% e há quatro anunciava um aumento de 1,30%.
O Brasil deixa um processo que combinou recessão e altos índices inflacionários. O IPCA teve um aumento de 10,67% em 2015 e de 6,20% em 2016. O PIB sofreu uma contração de 3,8% em 2015 e de 3,6% em 2016.
O refluxo da inflação permitiu ao Bacen iniciar um ciclo de cortes de sua taxa de juros, principal instrumento para controlar a inflação, elevando-a de 14,25% em outubro passado para 10,25%.
O Bacen, contudo, alertou nesta semana que moderará esse processo, devido as "incertezas" que pesam sobre as reformas pró-mercado por causa da crise política.
O mercado manteve sua aposta, inalterada há dez semanas, de que a Selic cairá a 8,50% neste ano e de que será mantida no mesmo nível ao longo de 2018, um ano eleitoral.
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