Christiana Figueres 'agradece' a Trump por retirada do Acordo de Paris
Santiago, 25 Ago 2017 (AFP) - A ex-negociadora das Nações Unidas para as mudanças climáticas, a costa-riquenha Christiana Figueres, "agradeceu" nesta sexta-feira (25) ao presidente Donald Trump pelo "tsunami de apoio" ao Acordo de Paris que foi gerado por seu anúncio de retirada dos Estados Unidos deste compromisso para reduzir o aquecimento global.
O anúncio do presidente americano "gerou um tsunami de apoio ao cumprimento do Acordo de Paris, por parte de muitíssimos governos do mundo e também das forças vivas da economia real dos Estados Unidos, que disseram que, com ou sem a Casa Branca, nós vamos seguir em frente", disse Figueres.
Cerca de 160 países já ratificaram o Acordo de Paris, que busca uma descarbonização da economia global para 2050. O objetivo é reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa e que contribuem para aumentar as temperaturas do planeta, lembrou.
Considerando-se que não há nenhum país que não tenha sofrido o impacto das mudanças climáticas, a crescente sensibilização do setor público e da população favorece essa transição, que deve ser "sistêmica", defendeu ela.
A isso se somam as forças do mercado, atraídas pela redução de preços das energias renováveis. Estas já representam 23% da matriz energética mundial, devendo aumentar para 30%-40% até 2030 e para 50%-70% em 2050.
"Algo que há cinco anos não poderíamos ter imaginado!", exclamou em um hotel de Santiago, convocada pelo grupo de reflexão Líderes Empresariais contra as Mudanças Climáticas, que reúne várias empresas de energia.
A essa "revolução energética" se somam as "mudanças geopolíticas" que favorecem as novas fontes "endógenas" energéticas - não apenas em relação a energias renováveis, mas também de materiais como o lítio, para a fabricação de baterias, e que estão "democratizando a energia".
"O poder econômico vai estar dividido entre os donos dos combustíveis e os dos minerais", afirmou.
Figueres pediu um "otimismo obstinado e persistente" diante das mudanças climáticas, porque o "impossível não é um fato, é uma atitude".
O anúncio do presidente americano "gerou um tsunami de apoio ao cumprimento do Acordo de Paris, por parte de muitíssimos governos do mundo e também das forças vivas da economia real dos Estados Unidos, que disseram que, com ou sem a Casa Branca, nós vamos seguir em frente", disse Figueres.
Cerca de 160 países já ratificaram o Acordo de Paris, que busca uma descarbonização da economia global para 2050. O objetivo é reduzir a emissão dos gases causadores do efeito estufa e que contribuem para aumentar as temperaturas do planeta, lembrou.
Considerando-se que não há nenhum país que não tenha sofrido o impacto das mudanças climáticas, a crescente sensibilização do setor público e da população favorece essa transição, que deve ser "sistêmica", defendeu ela.
A isso se somam as forças do mercado, atraídas pela redução de preços das energias renováveis. Estas já representam 23% da matriz energética mundial, devendo aumentar para 30%-40% até 2030 e para 50%-70% em 2050.
"Algo que há cinco anos não poderíamos ter imaginado!", exclamou em um hotel de Santiago, convocada pelo grupo de reflexão Líderes Empresariais contra as Mudanças Climáticas, que reúne várias empresas de energia.
A essa "revolução energética" se somam as "mudanças geopolíticas" que favorecem as novas fontes "endógenas" energéticas - não apenas em relação a energias renováveis, mas também de materiais como o lítio, para a fabricação de baterias, e que estão "democratizando a energia".
"O poder econômico vai estar dividido entre os donos dos combustíveis e os dos minerais", afirmou.
Figueres pediu um "otimismo obstinado e persistente" diante das mudanças climáticas, porque o "impossível não é um fato, é uma atitude".
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