Jornal de opositor venezuelano Petkoff deixa de circular por falta de papel
Caracas, 31 Out 2017 (AFP) - O jornal Tal Cual, crítico do governo de Nicolás Maduro e dirigido pelo opositor venezuelano Teodoro Petkoff, deixará de circular devido a falta de papel, informou nesta terça-feira (31) seu editor-chefe, Xabier Coscojuela.
"Nosso semanário em papel chega ao fim neste 2 de novembro, para abrir caminho para um novo projeto (...), agora apenas no ambiente digital", indica num comunicado o Tal Cual, que em 2015 deixou de circular diariamente pelo mesmo motivo.
Coscojuela assegurou à AFP que, há um ano, o veículo tem recebido muito pouco papel da corporação estatal que o importa, o que forçou a empresa a comprar por conta própria, mas "por causa da desvalorização do bolívar, tornou-se insustentável".
A moeda venezuelana desvalorizou 96% em relação ao dólar no último ano.
"Pedimos o mesmo tratamento que é dado à mídia impressa do Estado e a algumas empresas privadas, não é uma coincidência que eles não nos vendam papel, há uma intenção de censura", disse Coscojuela.
O governo controla a importação de papel-jornal, que não é produzido na Venezuela.
Coscojuela denunciou que, além de não entregar papel ao Tal Cual, "o governo lançou uma perseguição judicial" contra seus diretores.
Em 14 de setembro, a justiça arquivou um processo contra Petkoff - vencedor do Prêmio Ortega e Gasset de 2015 - por supostamente difamar o poderoso líder chavista Diosdado Cabello.
O diretor do veículo, de 85 anos, teve que se apresentar regularmente à justiça e foi impedido de sair do país.
Coscojuela lembrou que o processo ainda está aberto e as medidas são mantidas contra os diretores Manuel Puyana, Juan Antonio Golia e Francisco Laysisse.
Nos últimos três anos, sete jornais deixaram de circular em sua versão impressa, após o que se tornaram projetos web ou semanais. Outros reduziram suas páginas e número de cópias, incluindo El Nacional, o principal jornal crítico do governo.
"Nosso semanário em papel chega ao fim neste 2 de novembro, para abrir caminho para um novo projeto (...), agora apenas no ambiente digital", indica num comunicado o Tal Cual, que em 2015 deixou de circular diariamente pelo mesmo motivo.
Coscojuela assegurou à AFP que, há um ano, o veículo tem recebido muito pouco papel da corporação estatal que o importa, o que forçou a empresa a comprar por conta própria, mas "por causa da desvalorização do bolívar, tornou-se insustentável".
A moeda venezuelana desvalorizou 96% em relação ao dólar no último ano.
"Pedimos o mesmo tratamento que é dado à mídia impressa do Estado e a algumas empresas privadas, não é uma coincidência que eles não nos vendam papel, há uma intenção de censura", disse Coscojuela.
O governo controla a importação de papel-jornal, que não é produzido na Venezuela.
Coscojuela denunciou que, além de não entregar papel ao Tal Cual, "o governo lançou uma perseguição judicial" contra seus diretores.
Em 14 de setembro, a justiça arquivou um processo contra Petkoff - vencedor do Prêmio Ortega e Gasset de 2015 - por supostamente difamar o poderoso líder chavista Diosdado Cabello.
O diretor do veículo, de 85 anos, teve que se apresentar regularmente à justiça e foi impedido de sair do país.
Coscojuela lembrou que o processo ainda está aberto e as medidas são mantidas contra os diretores Manuel Puyana, Juan Antonio Golia e Francisco Laysisse.
Nos últimos três anos, sete jornais deixaram de circular em sua versão impressa, após o que se tornaram projetos web ou semanais. Outros reduziram suas páginas e número de cópias, incluindo El Nacional, o principal jornal crítico do governo.
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