AIE sugere generalizar energias limpas para limitar aquecimento global
Paris, 14 Nov 2017 (AFP) - Para limitar o aquecimento do planeta e melhorar a qualidade do ar, a Agência Internacional de Energia (AIE) sugere generalizar o acesso a uma eletricidade gerada principalmente por fontes renováveis e usar gás que emita menos metano.
Em suas previsões anuais publicadas nesta terça-feira, a AIE estima que o mundo não avança o suficiente no acesso à energia, na luta contra a poluição e contra as emissões de gases de efeito estufa.
Pelas previsões com base nas políticas atuais e nas intenções declaradas pelos diferentes países, as emissões de CO2 vinculadas à energia continuarão aumentando levemente até 2040.
Entretanto, há sinais positivos: a agência revisou em baixa de 600 milhões de toneladas seu prognóstico de emissão de CO2 para essa data em relação ao seu último relatório anual.
"Este resultado é de longe insuficiente para evitar os efeitos graves de mudança climática", aponta a AIE.
A evolução será também insatisfatória do ponto de vista da qualidade do ar, com um aumento previsto de 3 a 4 milhões de mortos prematuros devido à má qualidade do ar em 2040.
Em termos de acesso à eletricidade, os avanços devem continuar sendo limitados: a AIE estima que cerca de 675 milhões de pessoas, 90% da África subsaariana, continuarão sem eletricidade em 2030, contra 1,1 bilhão.
- Esforços sobre o gás -A AIE, que assessora a 29 países desenvolvidos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), elabora este ano um cenário alternativo que permite uma estabilização do clima, um ar menos contaminado e um acesso universal a fontes de energia modernas.
Supõe que as energias com baixa emissão de carbono (renováveis e nuclear) duplicam sua parte na matriz energética global para alcançar 40% em 2040.
A demanda de carvão deve cair imediatamente, seguida por um pico de consumo de petróleo com o desenvolvimento de veículos elétricos. Isso implica em um esforço maior em eficiência energética.
O relatório se concentra particularmente no gás, que todos os casos terá um papel importante no futuro. O gás, menos poluente dp que o petróleo, será muito importante nos países que atualmente dependem muito do carvão (como China e Índia) ou nos casos em que as alternativas renováveis são menos fáceis para implementar imediatamente.
Mas a agência ressalta que só poderá ter um papel positivo se conseguir reduzir suas emissões de metano.
Estima-se que o metano, também produzido pela agricultura, contribui em cerca de 20% o aquecimento global. O setor petroleiro e gasífero emite 76 milhões de toneladas por ano.
"É tecnicamente possível reduzir as emissões mundiais de metano provenientes de atividades vinculadas ao petróleo e ao gás em 75% e as emissões podem ser reduzidas de 40 a 50% sem custo líquido adicional", estimou o relatório.
Por seu lado, a eletricidade deveria ter um papel mais importante, mas também ser objeto de investimentos mais vultosos do que o previsto.
Deveria atrair os dois terços dos investimentos nas fontes de energia, contra 40% em média nos últimos anos.
Para 2040 as energias renováveis representarão 60% da produção de eletricidade enquanto que a nuclear corresponderá a 15%.
As energias fósseis continuarão tendo um papel no futuro, mas a AIE sugere suprimir os subsídios usados em seu favor: com 260 bilhões de dólares em 2016, as energias fósseis receberam quase o dobro das renováveis.
Em suas previsões anuais publicadas nesta terça-feira, a AIE estima que o mundo não avança o suficiente no acesso à energia, na luta contra a poluição e contra as emissões de gases de efeito estufa.
Pelas previsões com base nas políticas atuais e nas intenções declaradas pelos diferentes países, as emissões de CO2 vinculadas à energia continuarão aumentando levemente até 2040.
Entretanto, há sinais positivos: a agência revisou em baixa de 600 milhões de toneladas seu prognóstico de emissão de CO2 para essa data em relação ao seu último relatório anual.
"Este resultado é de longe insuficiente para evitar os efeitos graves de mudança climática", aponta a AIE.
A evolução será também insatisfatória do ponto de vista da qualidade do ar, com um aumento previsto de 3 a 4 milhões de mortos prematuros devido à má qualidade do ar em 2040.
Em termos de acesso à eletricidade, os avanços devem continuar sendo limitados: a AIE estima que cerca de 675 milhões de pessoas, 90% da África subsaariana, continuarão sem eletricidade em 2030, contra 1,1 bilhão.
- Esforços sobre o gás -A AIE, que assessora a 29 países desenvolvidos membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômicos (OCDE), elabora este ano um cenário alternativo que permite uma estabilização do clima, um ar menos contaminado e um acesso universal a fontes de energia modernas.
Supõe que as energias com baixa emissão de carbono (renováveis e nuclear) duplicam sua parte na matriz energética global para alcançar 40% em 2040.
A demanda de carvão deve cair imediatamente, seguida por um pico de consumo de petróleo com o desenvolvimento de veículos elétricos. Isso implica em um esforço maior em eficiência energética.
O relatório se concentra particularmente no gás, que todos os casos terá um papel importante no futuro. O gás, menos poluente dp que o petróleo, será muito importante nos países que atualmente dependem muito do carvão (como China e Índia) ou nos casos em que as alternativas renováveis são menos fáceis para implementar imediatamente.
Mas a agência ressalta que só poderá ter um papel positivo se conseguir reduzir suas emissões de metano.
Estima-se que o metano, também produzido pela agricultura, contribui em cerca de 20% o aquecimento global. O setor petroleiro e gasífero emite 76 milhões de toneladas por ano.
"É tecnicamente possível reduzir as emissões mundiais de metano provenientes de atividades vinculadas ao petróleo e ao gás em 75% e as emissões podem ser reduzidas de 40 a 50% sem custo líquido adicional", estimou o relatório.
Por seu lado, a eletricidade deveria ter um papel mais importante, mas também ser objeto de investimentos mais vultosos do que o previsto.
Deveria atrair os dois terços dos investimentos nas fontes de energia, contra 40% em média nos últimos anos.
Para 2040 as energias renováveis representarão 60% da produção de eletricidade enquanto que a nuclear corresponderá a 15%.
As energias fósseis continuarão tendo um papel no futuro, mas a AIE sugere suprimir os subsídios usados em seu favor: com 260 bilhões de dólares em 2016, as energias fósseis receberam quase o dobro das renováveis.
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