UE se prepara para anúncios protecionistas de Trump
Bruxelas, 5 Mar 2018 (AFP) - A ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas de 25% às importações de aço e de 10% às de alumínio arriscam a indústria da União Europeia, embora Bruxelas afirme ter antecipado a ameaça.
- Relação -Washington é o maior parceiro comercial da UE. Em 2017, os europeus exportaram 375 bilhões de euros (432,675 bilhões de dólares) de bens aos Estados Unidos, seu principal mercado de saída, segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat.
Os americanos foram o segundo país que mais exportou bens à UE, atrás da China. O total foi de 242,2 bilhões de euros.
Com isso, a balança comercial, de 120,8 bilhões de euros, é favorável aos europeus.
Ambas as regiões iniciaram, em 2013, negociações de um ambicioso tratado de livre-comércio, mas desde a chegada de Donald Trump e seu discurso protecionista à Casa Branca, a negociação foi interrompida.
A comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, garantiu que o acordo está apenas "na geladeira" por ora, à espera de um governo americano mais aberto às negociações.
- Risco -As tarifas americanas limitarão o acesso das empresas siderúrgicas europeias ao seu terceiro maior mercado de exportação de aço, para onde vende, anualmente, cerca de 5 bilhões de euros. As vendas de alumínio chegam a 1 bilhão de euros.
Um estudo da agência Moody's relativiza o impacto da medida, já que os europeus exportam apenas 14% de seu aço aos Estados Unidos, e é um produto de altíssima qualidade. Ele é menos sensível que o metal produzido no Brasil, no México, ou na Rússia.
- Reação -Os europeus, que garantem ter preparado um plano de respostas há meses, devem aplicar medidas rápidas contra empresas americanas de matérias-primas, da indústria e agropecuárias.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apontou nesta sexta-feira para as motos Harley-Davidson, as calças Levi's e os produtores de uísque bourbon.
As medidas, com base nas regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), compensariam em valor os prejuízos potenciais para a indústria siderúrgica europeia.
O bloco também poderia adotar, no rigoroso âmbito da OMC, medidas de "salvaguarda" para proteger sua indústria, como limitar temporariamente importações de aço e alumínio.
- Novo impulso -A eleição de Trump representou um impulso à política comercial da UE, cujos países conseguiram, em 2017, reformar seus instrumentos de defesa comercial e acordar um novo enfoque sobre tarifas antidumping.
A Comissão também acelerou a negociação outros acordos comerciais, como os já anunciados com Canadá e Japão.
Bruxelas espera que os acordos com Cingapura e Vietnã entrem rapidamente em vigor e anunciou o início das negociações com Austrália e Nova Zelândia.
O bloco ainda negocia a modernização de seus acordos vigentes com México e Chile, além de tentar alcançar um com o Mercosul.
- Relação -Washington é o maior parceiro comercial da UE. Em 2017, os europeus exportaram 375 bilhões de euros (432,675 bilhões de dólares) de bens aos Estados Unidos, seu principal mercado de saída, segundo a agência europeia de estatísticas Eurostat.
Os americanos foram o segundo país que mais exportou bens à UE, atrás da China. O total foi de 242,2 bilhões de euros.
Com isso, a balança comercial, de 120,8 bilhões de euros, é favorável aos europeus.
Ambas as regiões iniciaram, em 2013, negociações de um ambicioso tratado de livre-comércio, mas desde a chegada de Donald Trump e seu discurso protecionista à Casa Branca, a negociação foi interrompida.
A comissária europeia de Comércio, Cecilia Malmström, garantiu que o acordo está apenas "na geladeira" por ora, à espera de um governo americano mais aberto às negociações.
- Risco -As tarifas americanas limitarão o acesso das empresas siderúrgicas europeias ao seu terceiro maior mercado de exportação de aço, para onde vende, anualmente, cerca de 5 bilhões de euros. As vendas de alumínio chegam a 1 bilhão de euros.
Um estudo da agência Moody's relativiza o impacto da medida, já que os europeus exportam apenas 14% de seu aço aos Estados Unidos, e é um produto de altíssima qualidade. Ele é menos sensível que o metal produzido no Brasil, no México, ou na Rússia.
- Reação -Os europeus, que garantem ter preparado um plano de respostas há meses, devem aplicar medidas rápidas contra empresas americanas de matérias-primas, da indústria e agropecuárias.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, apontou nesta sexta-feira para as motos Harley-Davidson, as calças Levi's e os produtores de uísque bourbon.
As medidas, com base nas regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), compensariam em valor os prejuízos potenciais para a indústria siderúrgica europeia.
O bloco também poderia adotar, no rigoroso âmbito da OMC, medidas de "salvaguarda" para proteger sua indústria, como limitar temporariamente importações de aço e alumínio.
- Novo impulso -A eleição de Trump representou um impulso à política comercial da UE, cujos países conseguiram, em 2017, reformar seus instrumentos de defesa comercial e acordar um novo enfoque sobre tarifas antidumping.
A Comissão também acelerou a negociação outros acordos comerciais, como os já anunciados com Canadá e Japão.
Bruxelas espera que os acordos com Cingapura e Vietnã entrem rapidamente em vigor e anunciou o início das negociações com Austrália e Nova Zelândia.
O bloco ainda negocia a modernização de seus acordos vigentes com México e Chile, além de tentar alcançar um com o Mercosul.
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