FMI adverte que excesso de superávit comercial agrava as tensões
Washington, 24 Jul 2018 (AFP) - O Fundo Monetário Internacional (FMI) advertiu nesta terça-feira que os grandes superávits comerciais da Alemanha e da China e o grande déficit dos Estados Unidos poderão exacerbar os crescentes atritos no mundo.
Em uma mensagem que parece sobretudo dirigida ao presidente americano, Donald Trump, o FMI advertiu mais uma vez contra o uso de medidas protecionistas para abordar questões comerciais, já que podem prejudicar o crescimento sem resolver o problema.
O estímulo fiscal decidido por Washington "está levando a um endurecimento das condições monetárias, a um fortalecimento do dólar e a um maior déficit na conta corrente dos Estados Unidos", apontou o FMI.
Há meses, Trump tem implementado uma ofensiva contra seus principais rivais comerciais, especialmente a China, mas também contra a Alemanha e o conjunto da União Europeia, por supostamente tratar seu país injustamente.
As tarifas impostas às importações de aço e alumínio geraram rápidas represálias por parte desses países.
Em seu último Relatório do Setor Externo, o FMI pediu novamente aos países com superávit que tomem medidas para impulsionar a demanda e reduzir a poupança a fim de diminuir os excessivos desequilíbrios, que comprometem o comércio internacional.
O superávit da Alemanha é "substancialmente mais forte" do que o justificável pelo estado de sua economia, aponta o Fundo, que classifica os superávit de China, Coreia do Sul e União Europeia de "moderadamente mais fortes" em relação a suas economias.
Esses países "deveriam concentrar seus esforços nas reformas para reduzir o excesso de poupança, através de reformas nos sistemas de segurança social e de aposentadorias", propõe o informe.
-China, "muito dependente" do crédito -No caso da Alemanha, o Fundo argumenta, como já vinha fazendo em anos anteriores, que "impulsionar o investimento público também ajudaria a reduzir os excessivos superávit".
A Alemanha registrou um superávit de 8% do PIB no ano passado.
Na China, o FMI adverte que a economia foi "excessivamente dependente do crédito e do investimento, o que poderia culminar em uma abrupta desaceleração do crescimento e um consequente ressurgimento de grandes excedentes externos".
As nações líderes nas exportações não continuar dependendo da demanda dos países devedores, especialmente dos Estados Unidos, apontou o FMI.
No curto prazo, os Estados Unidos poderiam "intensificar o enfoque de sua política de redução do déficit com medidas comerciais" se ele continuar crescendo de 2,4% do PIB registrado no ano passado, adverte o relatório.
"Novas barreiras comerciais e possíveis ações de represália poderiam descarrilar o crescimento global, com um impacto limitado no excesso de desequilíbrios globais", destaca o documento.
Segundo o relatório, permitir um aumento da imigração, algo a que Trump se opõe fortemente, também pode ajudar os Estados Unidos.
O FMI advertiu na semana passada que as crescentes restrições comerciais eram "a maior ameaça de curto prazo" para a economia mundial e que neste panorama a economia americana está "especialmente vulnerável".
No pior dos casos, se todas as ameaças tarifárias e represálias forem implementadas e se as economias sofrerem um choque na confiança, o PIB mundial poderá cair 0,5% ou 430 bilhões de dólares em 2020.
Em uma mensagem que parece sobretudo dirigida ao presidente americano, Donald Trump, o FMI advertiu mais uma vez contra o uso de medidas protecionistas para abordar questões comerciais, já que podem prejudicar o crescimento sem resolver o problema.
O estímulo fiscal decidido por Washington "está levando a um endurecimento das condições monetárias, a um fortalecimento do dólar e a um maior déficit na conta corrente dos Estados Unidos", apontou o FMI.
Há meses, Trump tem implementado uma ofensiva contra seus principais rivais comerciais, especialmente a China, mas também contra a Alemanha e o conjunto da União Europeia, por supostamente tratar seu país injustamente.
As tarifas impostas às importações de aço e alumínio geraram rápidas represálias por parte desses países.
Em seu último Relatório do Setor Externo, o FMI pediu novamente aos países com superávit que tomem medidas para impulsionar a demanda e reduzir a poupança a fim de diminuir os excessivos desequilíbrios, que comprometem o comércio internacional.
O superávit da Alemanha é "substancialmente mais forte" do que o justificável pelo estado de sua economia, aponta o Fundo, que classifica os superávit de China, Coreia do Sul e União Europeia de "moderadamente mais fortes" em relação a suas economias.
Esses países "deveriam concentrar seus esforços nas reformas para reduzir o excesso de poupança, através de reformas nos sistemas de segurança social e de aposentadorias", propõe o informe.
-China, "muito dependente" do crédito -No caso da Alemanha, o Fundo argumenta, como já vinha fazendo em anos anteriores, que "impulsionar o investimento público também ajudaria a reduzir os excessivos superávit".
A Alemanha registrou um superávit de 8% do PIB no ano passado.
Na China, o FMI adverte que a economia foi "excessivamente dependente do crédito e do investimento, o que poderia culminar em uma abrupta desaceleração do crescimento e um consequente ressurgimento de grandes excedentes externos".
As nações líderes nas exportações não continuar dependendo da demanda dos países devedores, especialmente dos Estados Unidos, apontou o FMI.
No curto prazo, os Estados Unidos poderiam "intensificar o enfoque de sua política de redução do déficit com medidas comerciais" se ele continuar crescendo de 2,4% do PIB registrado no ano passado, adverte o relatório.
"Novas barreiras comerciais e possíveis ações de represália poderiam descarrilar o crescimento global, com um impacto limitado no excesso de desequilíbrios globais", destaca o documento.
Segundo o relatório, permitir um aumento da imigração, algo a que Trump se opõe fortemente, também pode ajudar os Estados Unidos.
O FMI advertiu na semana passada que as crescentes restrições comerciais eram "a maior ameaça de curto prazo" para a economia mundial e que neste panorama a economia americana está "especialmente vulnerável".
No pior dos casos, se todas as ameaças tarifárias e represálias forem implementadas e se as economias sofrerem um choque na confiança, o PIB mundial poderá cair 0,5% ou 430 bilhões de dólares em 2020.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.