Após erros, Google recebe ofício da AGU com recomendações sobre dólar
A AGU (Advocacia Geral da União) encaminhou ofício ao Google nesta quinta-feira (26) pedindo para que a plataforma tome certos cuidados, listados no documento, para dar mais transparência nas informações passadas sobre a cotação do dólar.
No feriado de Natal, o Google apresentou o dólar a R$ 6,38, acima do valor de R$ 6,15 registrado no mercado à vista.
O que aconteceu
A AGU diz ter apurado junto ao Banco Central o erro cometido pela plataforma. Na própria quarta-feira (25) a AGU encaminhou um ofício ao Banco Central com pedido de informações sobre a cotação do dólar no feriado.
AGU alerta para os perigos da desinformação. No documento, é reforçado como informações imprecisas sobre o dólar podem afetar o mercado financeiro e a percepção pública. No feriado, o tema dólar a R$ 6,38 foi um dos mais discutidos no X (ex-Twitter).
Preocupação com a confiança dos investidores. Além disso, a AGU destaca que a desinformação sobre o mercado financeiro pode comprometer a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, uma vez que afeta a dos investidores, prejudica a tomada de decisões de investimento e impacta a economia real.
A desordem informacional pode gerar impactos negativos na cotação referente à moeda, interferir na percepção do mercado ou de pequenos investidores, pode comprometer a eficácia da política pública federal de estabilização cambial.
Advocacia Geral da União em ofício
Documento reforça que Google entendeu a gravidade da situação. Em ofício, a AGU pontua que a própria plataforma de busca retirou do ar ainda na quarta-feira seu mostrador de câmbio. Questionado pela reportagem tanto sobre isso quanto sobre o ofício da União, o Google disse que não iria se posicionar, reiterando, contudo, que os dados de câmbio mostrados na plataforma são da empresa Morningstar, que também admitiu o erro.
A AGU recomenda que o Google:
Disponibilize, de forma gratuita, os mecanismos que possibilitem a identificação da origem da informação por ele veiculada, especialmente no que diz respeito às cotações de moedas e, no país, a dados oficiais, especialmente no que diz respeito às cotações de moedas.
Adote medidas proativas para prevenir desordem informacional, incluindo, contextualizando, revisando processos de validação e publicação de informações que refiram em suas políticas internas.
Inclua em seus avisos de termos de relação com usuários a importância da integridade das informações, especialmente as financeiras, e da promoção de um ambiente digital seguro e transparente à informação econômica e na promoção de plataformas fieis à democratização do acesso à informação econômica e na promoção de um ambiente digital seguro e transparente.
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