Trump critica Fed por agressividade ao aumentar taxas de juros
Washington, 11 Out 2018 (AFP) - O presidente Donald Trump reiterou suas críticas ao Federal Reserve (Fed) nesta quinta-feira, ao afirmar que o banco central americano é "muito agressivo" ao elevar demais as taxas de juros.
"Acho que estão cometendo um grande erro", afirmou o presidente em entrevista ao programa Fox & Friends.
"Estão sendo muito agressivos", enfatizou.
Na véspera, Trump já havia declarado que o Fed "enlouqueceu".
Falando ao chegar em Erie, na Pensilvânia, para participar de um ato de campanha, Trump lançou o seu ataque contra a independência do Fed.
"Acho que o Fed está cometendo um erro. Acho que o Fed enlouqueceu (...). Realmente não concordo com isto", disse Trump, que habitualmente critica o Fed por sua política de aumentar gradualmente as taxas de juros.
A Bolsa de Nova York registrou uma drástica queda das ações de tecnologia, em um contexto de forte aumento dos juros da dívida americana.
O índice industrial Dow Jones caiu 3,15%, a 25.598,74 unidades em sua pior sessão desde fevereiro. O tecnológico Nasdaq recuou 4,08%, a 7.422,05 unidades, o pior valor desde junho de 2016, quando o Reino Unido votou na ruptura com a União Europeia (Brexit).
A queda de quarta provocou um efeito dominó em todo o mundo, com prejuízos se espalhando por Ásia e Europa, e os investidores preocupados com os juros crescentes - o que levaria mais investidores do mercado de ações para o de títulos - bem como com o impacto do conflito comercial de Trump com a China sobre os lucros das empresas.
Contudo, pouco após o comentário de Trump, seu principal assessor econômico, Larry Kudlow, relativizou o peso das declarações.
"Sabemos que o Fed é independente. O presidente não está ditando a política econômica. Ele não falou nada remotamente parecido com isso", afirmou à CNBC.
Kudlow disse que o Fed estava gerenciando "a transição do dinheiro ultra, ultra-fácil (...) para algo mais normal", aumentando as taxas de juros gradualmente.
Ele também repetiu a afirmação de Trump de que o declínio do mercado de ações era uma "correção normal" esperada.
Trump tem repetidamente divulgado a série de recordes de Wall Street como prova do sucesso de seu programa econômico, incluindo sua estratégia comercial de confronto até mesmo com aliados, e criticou o Fed por elevar a taxa básica de juros - em 0,25 ponto três vezes este ano - dizendo que isso prejudicaria seus esforços.
Na prática, são em grande parte suas políticas que estão por trás das altas: espera-se que os cortes nos impostos e o aumento dos gastos do governo estimulem a economia, dando ao Fed motivos para elevar as taxas de juros.
Enquanto isso, os conflitos comerciais aumentam os custos para as empresas, o que pode afetar seus resultados trimestrais - algo que analistas disseram ter ajudado na queda abrupta desta quarta-feira.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu a política monetária do Fed nesta quinta.
A alta dos juros "é uma evolução necessária" e "inevitável" para as economias como os Estados Unidos, que vivenciam forte expansão, têm inflação crescente e baixo desemprego, disse Lagarde em coletiva de imprensa em Bali, à margem da reunião anual do FMI.
"Acho que estão cometendo um grande erro", afirmou o presidente em entrevista ao programa Fox & Friends.
"Estão sendo muito agressivos", enfatizou.
Na véspera, Trump já havia declarado que o Fed "enlouqueceu".
Falando ao chegar em Erie, na Pensilvânia, para participar de um ato de campanha, Trump lançou o seu ataque contra a independência do Fed.
"Acho que o Fed está cometendo um erro. Acho que o Fed enlouqueceu (...). Realmente não concordo com isto", disse Trump, que habitualmente critica o Fed por sua política de aumentar gradualmente as taxas de juros.
A Bolsa de Nova York registrou uma drástica queda das ações de tecnologia, em um contexto de forte aumento dos juros da dívida americana.
O índice industrial Dow Jones caiu 3,15%, a 25.598,74 unidades em sua pior sessão desde fevereiro. O tecnológico Nasdaq recuou 4,08%, a 7.422,05 unidades, o pior valor desde junho de 2016, quando o Reino Unido votou na ruptura com a União Europeia (Brexit).
A queda de quarta provocou um efeito dominó em todo o mundo, com prejuízos se espalhando por Ásia e Europa, e os investidores preocupados com os juros crescentes - o que levaria mais investidores do mercado de ações para o de títulos - bem como com o impacto do conflito comercial de Trump com a China sobre os lucros das empresas.
Contudo, pouco após o comentário de Trump, seu principal assessor econômico, Larry Kudlow, relativizou o peso das declarações.
"Sabemos que o Fed é independente. O presidente não está ditando a política econômica. Ele não falou nada remotamente parecido com isso", afirmou à CNBC.
Kudlow disse que o Fed estava gerenciando "a transição do dinheiro ultra, ultra-fácil (...) para algo mais normal", aumentando as taxas de juros gradualmente.
Ele também repetiu a afirmação de Trump de que o declínio do mercado de ações era uma "correção normal" esperada.
Trump tem repetidamente divulgado a série de recordes de Wall Street como prova do sucesso de seu programa econômico, incluindo sua estratégia comercial de confronto até mesmo com aliados, e criticou o Fed por elevar a taxa básica de juros - em 0,25 ponto três vezes este ano - dizendo que isso prejudicaria seus esforços.
Na prática, são em grande parte suas políticas que estão por trás das altas: espera-se que os cortes nos impostos e o aumento dos gastos do governo estimulem a economia, dando ao Fed motivos para elevar as taxas de juros.
Enquanto isso, os conflitos comerciais aumentam os custos para as empresas, o que pode afetar seus resultados trimestrais - algo que analistas disseram ter ajudado na queda abrupta desta quarta-feira.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, defendeu a política monetária do Fed nesta quinta.
A alta dos juros "é uma evolução necessária" e "inevitável" para as economias como os Estados Unidos, que vivenciam forte expansão, têm inflação crescente e baixo desemprego, disse Lagarde em coletiva de imprensa em Bali, à margem da reunião anual do FMI.
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