Tribunal chinês proíbe venda de iPhones a pedido da Qualcomm
Washington, 10 dez 2018 (AFP) - Um tribunal chinês proibiu a venda e a importação de alguns modelos de iPhone, da Apple, no país a pedido da fabricante de chips americana Qualcomm, que garante que a gigante tecnológico violou suas patentes, anunciou nesta segunda-feira (10) em comunicado a empresa de componentes.
A Qualcomm indicou que um tribunal de Fuzhou concedeu duas liminares contra quatro subsidiárias da Apple, às quais ordenou que deixem de vender imediatamente os seguintes modelos: iPhone 6S, iPhone 6S Plus, iPhone 7, iPhone 7 Plus, iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X.
Este é o último capítulo de uma longa e complexa disputa de patentes e direitos autorais entre duas gigantes tecnológicas californianas em tribunais de vários países.
"A Apple continua a se beneficiar de nossa propriedade intelectual, mas se nega a nos compensar. Essas ordens judiciais são mais uma confirmação da força da ampla carteira de patentes da Qualcomm", disse Don Rosenberg, vice-presidente executivo da companhia.
O processo na China se baseia em patentes de funções que permitem as consumidores ajustar e reformatar o tamanho e o aspecto das fotos, além de gerir aplicativos por uma tela táctil, informou a Qualcomm.
Em declaração enviada à AFP, a Apple garantiu que a Qualcomm reclama três patentes que nunca tinha sido apresentadas, inclusive uma já invalidada.
Sua ação "é um movimento desesperado de uma empresa cujas práticas ilegais estão sendo investigadas por reguladores de todo o mundo", disse a Apple.
"Todos os modelos de iPhone continuam disponíveis para nossos clientes na China", garantiu a empresa, decidida a buscar "todas" as opções legais na Justiça.
A decisão do tribunal de Fuzhou ocorre em meio a uma intensificação das tensões comerciais entre Washington e Pequim e após a prisão no Canadá da diretora financeira da gigante de tecnologia chinesa Huawei a pedido das autoridades americanas.
Pequim reagiu com indignação à prisão de Meng Wanzhou, filha do fundador da empresa, que enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos relacionadas a supostos negócios com o Irã.
- Estratégia da Apple na China -A China tem sido um mercado importante para a Apple nos últimos anos desde que a China Mobile concordou em começar a distribuir os smartphones e a empresa abriu uma série de lojas de varejo da Apple.
De acordo com seu último relatório trimestral, a Apple teve receita de cerca de 11 bilhões de dólares (cerca de 18% do seu total), na "Grande China" - região que também inclui Taiwan e Hong Kong.
O CEO da Apple, Tim Cook, visitou a China várias vezes, promovendo as incursões da empresa nesse mercado e a fabricação de seus produtos lá.
A Qualcomm, principal fornecedora de chips para dispositivos móveis, está em uma longa batalha legal com a Apple nos últimos anos.
A Apple acredita que a Qualcomm abusa de seu poder de mercado em certos chips móveis, e se juntou a uma série de ações antitruste contra a fabricante de chips.
A Qualcomm contra-atacou: no início deste ano, intensificou sua batalha legal contra a Apple, alegando que a fabricante do iPhone roubou segredos comerciais e compartilhou-os com sua concorrente no setor chips móveis, a Intel.
QUALCOMM
CHINA MOBILE
APPLE INC.
INTEL
A Qualcomm indicou que um tribunal de Fuzhou concedeu duas liminares contra quatro subsidiárias da Apple, às quais ordenou que deixem de vender imediatamente os seguintes modelos: iPhone 6S, iPhone 6S Plus, iPhone 7, iPhone 7 Plus, iPhone 8, iPhone 8 Plus e iPhone X.
Este é o último capítulo de uma longa e complexa disputa de patentes e direitos autorais entre duas gigantes tecnológicas californianas em tribunais de vários países.
"A Apple continua a se beneficiar de nossa propriedade intelectual, mas se nega a nos compensar. Essas ordens judiciais são mais uma confirmação da força da ampla carteira de patentes da Qualcomm", disse Don Rosenberg, vice-presidente executivo da companhia.
O processo na China se baseia em patentes de funções que permitem as consumidores ajustar e reformatar o tamanho e o aspecto das fotos, além de gerir aplicativos por uma tela táctil, informou a Qualcomm.
Em declaração enviada à AFP, a Apple garantiu que a Qualcomm reclama três patentes que nunca tinha sido apresentadas, inclusive uma já invalidada.
Sua ação "é um movimento desesperado de uma empresa cujas práticas ilegais estão sendo investigadas por reguladores de todo o mundo", disse a Apple.
"Todos os modelos de iPhone continuam disponíveis para nossos clientes na China", garantiu a empresa, decidida a buscar "todas" as opções legais na Justiça.
A decisão do tribunal de Fuzhou ocorre em meio a uma intensificação das tensões comerciais entre Washington e Pequim e após a prisão no Canadá da diretora financeira da gigante de tecnologia chinesa Huawei a pedido das autoridades americanas.
Pequim reagiu com indignação à prisão de Meng Wanzhou, filha do fundador da empresa, que enfrenta acusações de fraude nos Estados Unidos relacionadas a supostos negócios com o Irã.
- Estratégia da Apple na China -A China tem sido um mercado importante para a Apple nos últimos anos desde que a China Mobile concordou em começar a distribuir os smartphones e a empresa abriu uma série de lojas de varejo da Apple.
De acordo com seu último relatório trimestral, a Apple teve receita de cerca de 11 bilhões de dólares (cerca de 18% do seu total), na "Grande China" - região que também inclui Taiwan e Hong Kong.
O CEO da Apple, Tim Cook, visitou a China várias vezes, promovendo as incursões da empresa nesse mercado e a fabricação de seus produtos lá.
A Qualcomm, principal fornecedora de chips para dispositivos móveis, está em uma longa batalha legal com a Apple nos últimos anos.
A Apple acredita que a Qualcomm abusa de seu poder de mercado em certos chips móveis, e se juntou a uma série de ações antitruste contra a fabricante de chips.
A Qualcomm contra-atacou: no início deste ano, intensificou sua batalha legal contra a Apple, alegando que a fabricante do iPhone roubou segredos comerciais e compartilhou-os com sua concorrente no setor chips móveis, a Intel.
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