Coronavírus: cenário é ruim e pode piorar, dizem economistas do FMI
As últimas previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia mundial são ruins, com uma contração global de 3% prevista para 2020, mas os economistas do organismo descreveram três cenários em que isso pode ser pior.
Um confinamento mais longo
O prognóstico atual do FMI prevê um cenário, no qual a pandemia do coronavírus está controlada até a segunda metade deste ano e a economia mundial pode reiniciar sua atividade normal.
Se as medidas de contenção se estenderem 50% de tempo a mais do que a linha de base, causando um maior desemprego e mais quebra de empresas, o crescimento global pode ser 3 pontos percentuais mais baixo, para uma diminuição de 6% este ano e uma recuperação mais fraca em 2021.
Um novo surto em 2021
No segundo cenário, há um novo surto de coronavírus no próximo ano equivalente a aproximadamente dois terços do ocorrido em 2020, o que deixa sequelas econômicas duas vezes maiores do que no primeiro quadro.
Nessa situação, os países terão uma capacidade limitada para adotar mais medidas de gasto, colocando o PIB mundial quase 5% inferior à linha de base esperada em 2021.
Portanto, em vez de uma recuperação global de 5,5% projetada para o ano que vem, haveria um aumento de apenas 0,8%.
Duplo golpe
O terceiro cenário supõe a ocorrência das duas premissas anteriores: um confinamento mais prolongado e um segundo surto da COVID-19 em 2021. Isso empurraria a economia global 8% abaixo da linha de base, até uma contração de 2,2% no próximo ano, no lugar de um avanço.
Os economistas do FMI advertem ainda que essa projeção pode subestimar o dano combinado dos dois cenários, dado que o aumento da dívida pública pode fazer os governos não conseguirem dar mais apoio em termos de renda.
"Isso levaria a resultados ainda piores e a cicatrizes adicionais", diz o relatório.
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