Ford anuncia fechamento de suas fábricas no Brasil
São Paulo, 11 Jan 2021 (AFP) - A Ford Motor Company anunciou nesta segunda-feira (11) o fim de todas as suas operações de produção no Brasil em 2021, como parte de um plano de reestruturação na América do Sul, região que abastecerá a partir da Argentina, do Uruguai e de outros mercados.
A medida deve causar um impacto de 4,1 bilhão de dólares à empresa e afetar 5.000 trabalhadores, segundo a Bloomberg.
"Sabemos que essas são ações muito difíceis, mas necessárias, para a criação de um negócio saudável e sustentável", disse o presidente da Ford, Jim Farley, citado em um comunicado da companhia.
O comunicado da companhia americana informa que, com exceção da fabricação de peças por alguns meses, as operações serão suspensas de forma imediata em suas fábricas de Camaçari, na Bahia, e em Taubaté, no interior de São Paulo.
Uma terceira fábrica no Ceará continuará funcionando até o último trimestre do ano.
A Ford vai manter um centro de testes em Tatuí, também no interior de São Paulo, assim como sua sede regional na capital do estado.
Segundo a nota da Ford, as operações de manufatura na Argentina e no Uruguai e as organizações em outros mercados sul-americanos não serão impactados.
A venda de veículos novos no Brasil caiu 26,16% em 2020, sob o impacto da pandemia do novo coronavírus, informou na semana passada a Federação Nacional de Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave).
No ano passado foram emplacados 2,05 milhões automóveis, contra 2,787 milhões em 2019. As categorias mais impactadas foram as dos carros de passeio (-28,57%), com 1,61 milhão de unidades vendidas, e a de ônibus (-33%), com 18.219 unidades.
A Ford anunciou em novembro passado seu retorno ao Uruguai depois de mais de três décadas para montar veículos de transporte destinados a abastecer o mercado sul-americano. Esta fábrica criará 200 postos de trabalho diretos, segundo o governo uruguaio.
Em 2019, a empresa decidiu fechar o Conjunto Industrial Ford São Bernardo do Campo, sua fábrica mais antiga no Brasil, afetando 2.800 trabalhadores.
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