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Trilionário plano de estímulo de Biden será votado no Congresso nesta quarta

09/03/2021 22h20

Washington, 10 Mar 2021 (AFP) - O Congresso americano deve aprovar nesta quarta-feira o plano de ajuda de US$ 1,9 trilhão, impulsionado por Joe Biden com o apoio único dos democratas, o que representaria para o presidente uma importante vitória em seu início de mandato.

O valor da ajuda, 1,9 trilhão de dólares, equivale ao PIB da Itália em 2020, uma quantia suficiente para ter um impacto considerável sobre o crescimento econômico, segundo os economistas, e sobre as vidas de milhões de americanos.

Os Estados Unidos precisam "desesperadamente" destas medidas para sair da crise provocada pela pandemia, insiste o presidente, que prometeu promulgar o "plano de resgate" quando for adotado pelo Congresso.

Os republicanos se opõem à iniciativa e denunciam medidas de "extrema esquerda", que vão além da luta contra a crise provocada pelo coronavírus.

Biden, que não perde a oportunidade de lembrar de sua longa experiência como senador capaz de alcançar acordos com os rivais republicanos, até agora não conseguiu convencer sequer um legislador da outra esfera política.

Os democratas que controlam a Câmara dos Representantes, porém, estão convencidos de que poderão aprovar o texto sem os republicanos durante a votação prevista para esta quarta-feira de manhã, após duas horas de um debate que deve começar às 09h00 do horário local (11h00 de Brasília).

O plano de Biden superou outra fase decisiva na noite desta terça-feira com o voto processual na Câmara: 219 democratas aprovaram as regras que vão regular a votação final, enquanto 209 republicanos e um democrata as rejeitaram.

"É uma lei notável e histórica que nos levará a uma transformação profunda e nos permitirá avançar muito na luta contra o vírus e responder à nossa crise econômica", afirmou a presidente democrata da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, nesta terça-feira.

Sinal de sua confiança, vários líderes democratas apareceram ao lado de Pelosi durante a coletiva com ares triunfantes... mesmo antes da votação.

- "Otimistas" -Nesta terça-feira,Biden visitou a loja de ferragens considerada a mais antiga de Washington, que foi beneficiada por um dos programas de ajuda do governo de Donald Trump.

Os democratas insistem em afirmar que, em sua versão do plano, as pequenas empresas familiares, especialmente as que pertencentes a integrantes das minorias, receberão um maior apoio.

"Demos um passo gigante" para ajudar os americanos, havia dito Biden no sábado após a votação deste plano no Senado, uma de suas grandes promessas de campanha.

"Estamos muito entusiasmados, otimistas e cheios de esperança pelo que está para acontecer", escreveu no Twitter o chefe de gabinete de Biden, Ron Klain, nesta terça-feira.

Com uma pequena maioria na Câmara Baixa, os democratas podem se permitir perder até quatro votos na Câmara dos Representantes de 435 membros.

As modificações feitas no Senado sob pressão dos moderados poderiam aumentar o temor de uma rebelião progressista. Mas o forte apoio do senador Bernie Sanders ao texto negociado diminuiu a tensão entre os líderes do partido.

- Novos empregos -Biden lembra sem cessar o exemplo da grande crise de 2008, quando o agora presidente foi o braço-direito de Obama para pôr em andamento o plano de resgate da economia americana em 2009, e insiste em que é melhor pensar grande para tentar evitar uma recaída.

A maior economia mundial teve contração de 3,5% no ano passado, a maior desde a Segunda Guerra Mundial.

De acordo com os especialistas, este pacote trilionário deveria impulsionar o crescimento. Segundo a Casa Branca, esta lei "histórica" criará mais de 7 milhões de novos postos de trabalho este ano, barateará os custos da saúde e salvará vidas, ao impulsionar a vacinação contra a covid.

A Presidência afirma igualmente que a pobreza entre as crianças será reduzida à metade.

Se for aprovado em definitivo, o projeto de Biden manterá muitos dos programas anteriores de outros pacotes de ajuda aprovados em 2020, de 2,2 trilhões de dólares e 900 bilhões de dólares, respectivamente, distribuirá cheques de até 1.400 dólares para muitos americanos e concederá ajuda aos governos estaduais e locais com problemas de liquidez. Também estenderá até setembro os auxílios excepcionais aos desemprego que caducam em 14 de março.

Este plano "levará a uma transformação profunda", afirmou nesta terça-feira Hakeem Jeffries, um dos líderes democratas na Câmara.

Mas para o legislador republicano Steve Scalise, os democratas não se concentram na luta contra a pandemia, mas impulsionam "um programa de extrema esquerda", com o qual "empurram a próxima geração para a bancarrota com uma montanha de dívidas".

elc/rle/mr/rs/mvv/ic/am