FMI se declara 'muito a favor' de imposto mínimo global para renda empresarial
O Fundo Monetáro Internacional (FMI) se declarou nesta terça-feira (6) "muito a favor" de impor um imposto mínimo global à renda empresarial, um dia depois de os Estados Unidos anunciarem que vão impulsionar esta ideia no G20.
Em coletiva de imprensa no início das reuniões da primavera boreal do FMI e do Banco Mundial, a principal economista do FMI, Gita Gopinath, afirmou que os governos enfrentam "grande quantidade" de evasão fiscal e de dinheiro transferido para paraísos fiscais.
Ela acrescentou que isso é um motivo de "grande preocupação" para o FMI porque "reduz a base tributária sobre a qual os governos podem aumentar a receita e gastar em necessidades sociais e econômicas".
"Somos muito a favor de um imposto mínimo global à renda empresarial", afirmou Gopinath. "É uma grande preocupação para nós".
A secretária do Tesouro dos Estados Unidos Janet Yellen manifestou na segunda-feira que os Estados Unidos trabalham com os países do G20 "para acordar uma taxa mínima de impostos às empresas".
"Juntos podemos usar este imposto mínimo global para garantir que a economia prospere com base em uma maior igualdade de condições de tributação para as empresas multinacionais", disse Yellen.
Consultada sobre outra proposta do governo de Joe Biden para aumentar os impostos às corporações americanas de 21% para 28%, Gopinath afirmou que é cedo para comentar sobre o possível impacto desta medida.
O mundo empresarial e os republicanos se opõem fortemente a esta proposta que, segundo eles, reduzirá a capacidade de investimento das empresas.
A economista-chefe do FMI disse que, pelo contrário, a drástica redução deste imposto durante o governo de Donald Trump (de 35% para 21%) não levou a um aumento significativo nos investimentos.
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