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UE exclui sete bancos russos de sistema global de transações financeiras

Bancos sancionados 'são os primeiros envolvidos no financiamento dos esforços de guerra' da Rússia, segundo a UE Imagem: Getty Images/Bloomberg Creative

Em Bruxelas (Bélgica)

02/03/2022 10h03Atualizada em 02/03/2022 10h06

Os 27 países da UE (União Europeia) excluíram hoje sete bancos russos do sistema financeiro internacional Swift, mas pouparam dois ligados à venda de hidrocarbonetos.

Com o objetivo de restringir a economia russa das finanças globais em retaliação à invasão da Ucrânia por Moscou, a exclusão do Swift visa o VTB, o segundo maior banco da Rússia, bem como o Bank Otkritie, o Novicombank (financiamento industrial), o Promsvyazbank, o Rossiya Bank, o Sovcombank e o VEB (banco de desenvolvimento do regime).

Estes estabelecimentos "são os primeiros envolvidos no financiamento dos esforços de guerra" de Moscou na Ucrânia, explicou uma autoridade europeia, afirmando que esta exclusão engloba cerca de um quarto do volume do sistema bancário russo.

A medida entrará em vigor a partir de 12 de março, segundo o Diário Oficial da UE.

Os Estados-membros da União Europeia deram luz verde a esta sanção ontem à noite, após vários dias de negociações.

Por outro lado, a medida não visa nem o Sberbank, o principal banco do país, nem o Gazprombank, o braço financeiro da gigante de hidrocarbonetos Gazprom, através do qual passa a maior parte dos pagamentos das entregas de gás e petróleo russos à UE.

Nos últimos dias, a Alemanha e a Itália expressaram temor de não poderem mais pagar pelo fornecimento de gás russo, do qual são muito dependentes, no caso de bloqueio do acesso ao Swift dos bancos russos responsáveis por essas transações.

A exclusão do Swift é apresentada como uma "arma atômica" financeira: essa plataforma segura permite operações como o trânsito de ordens de pagamento e ordens de transferência de fundos entre bancos.

A Swift, uma empresa belga, havia excluído vários bancos iranianos em 2012 após uma decisão da UE. A maioria foi reintegrada em janeiro de 2016.

No total, cerca de 80% do sistema bancário russo é alvo, de uma fora ou de outra, de uma bateria de sanções financeiras da UE, adotadas desde 2014 após a anexação da Crimeia por Moscou, segundo a autoridade europeia.

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