Administradores da siderúrgica se demitem após sanções contra bilionário russo dono do Chelsea
Os administradores não executivos da Evraz se demitiram, nesta sexta-feira (11), após a inclusão do bilionário russo Roman Abramovich, principal acionista da gigante do aço, na lista de sanções do governo britânico pela invasão da Ucrânia.
"Perante as sanções financeiras" anunciadas na quinta-feira "e a suspensão da cotação das ações" do grupo na Bolsa de Londres, a empresa anunciou em comunicado a demissão imediata de "todos os administradores não executivos" do seu conselho de administração.
O CEO Alexei Ivanov foi o único membro do conselho que não renunciou e aparecia sozinho na página do conselho no site da Evraz nesta sexta-feira.
Entre os dez demitidos, estão o magnata do aço Alexander Abramov, o oligarca russo Eugene Shvidler e o técnico do Chelsea Eugene Tenenbaum, segundo o comunicado.
A autoridade de mercados britânica FCA anunciou, na quinta-feira (10), a suspensão "temporária" das ações da gigante do aço "para proteger os investidores até que o impacto das sanções britânicas seja esclarecido".
A ação, que despencou após a invasão russa da Ucrânia e perdeu 76,64% desde o início do ano, permanecia suspensa nesta sexta.
Ontem, a Evraz alegou que Abramovich, acionista "significativo" com 28,64% do capital, não controla a empresa e considerou que "as sanções financeiras britânicas não devem ser aplicadas à própria empresa".
O grupo também negou "a alegação de que está, ou esteve, envolvido" em ações "que possam contribuir para a desestabilização da Ucrânia, ou minar, ou ameaçar, a integridade territorial, a soberania, ou a independência da Ucrânia".
Em particular, negou-se que a informação de que a empresa tenha, "potencialmente, fornecido aço aos militares russos que poderia ter sido usado para a produção de tanques".
A Evraz fornece aço apenas "para os setores de infraestrutura e de construção", insistiu.
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