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Wall Street se recupera, impulsionada por empresas tecnológicas

17/05/2022 19h54

Nova York, 17 Mai 2022 (AFP) - A bolsa de Nova York se recuperou nesta terça-feira (17), impulsionada pelos valores tecnológicos e por investidores em busca de bons preços depois de sete semanas de perdas no Nasdaq.

No fechamento, o Dow Jones registrou alta de 1,34% a 32.654,09 pontos, o tecnológico Nasdaq, 2,76% a 11.984,52 unidades, e o S&P 500 2,02% a 4.088,85 pontos.

A volta do apetite pelo risco foi "ajudada por notícias positivas provenientes da China" com declarações mais favoráveis das autoridades sobre os grupos tecnológicos e sua cotação nos mercados, destacaram os analistas da Wells Fargo.

Os analistas também reagiram positivamente ao volume de vendas no varejo nos Estados Unidos, com um aumento de 0,9% em abril com base em março, segundo o esperado, um dado que sugere que a demanda continua robusta apesar da inflação.

Mas Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services, destacou as falas dos diretores da rede de supermercados Walmart, que observaram uma "bifurcação de sua clientela", com as pessoas de baixa renda voltadas para produtos de primeira necessidade sem marca para economizar.

"Vemos que os (cidadãos com) rendimentos baixos começam realmente a sofrer com a inflação", o que não é um bom agouro para o consumo, acrescentou o analista.

Entre os valores do dia, o Walmart perdeu 11,38% a 131,35 dólares por ação, após publicar ganhos reduzidos.

O Twitter, em queda há vários dias em meio às negociações para sua compra por Elon Musk, rompeu a sequência de baixas e registrou alta de 2,49% a 38,32 dólares.

Enquanto isso, a Tesla, empresa de veículos elétricos de Musk, registrou alta de 5,14%, a 761,61 dólares.

Os títulos do Citigroup foram muito procurados (+7,56% a 51,05 dólares), depois que a holding Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffett, tomou uma participação consequente de cerca de 3 bilhões de dólares no banco.

Por outro lado, o mercado recebeu novos insumos do Fed.

O Federal Reserve (Fed, banco central americano) quer uma moderação do crescimento americano e ter evidência "clara" de que a inflação cede, antes de recuar em seus esforços de frear a atividade econômica, afirmou nesta terça-feira o presidente da entidade, Jerome Powell.

"Precisamos ver que o crescimento diminua dos níveis muito elevados que vimos no ano passado, que baixe a um nível ainda positivo", mas que permita que as cadeias de abastecimento acompanhem a demanda, disse em um evento do jornal The Wall Street Journal.

O Fed realizou este mês o maior aumento de suas taxas básicas de juros desde o ano 2000 - meio ponto percentual após um quarto de ponto em março - para combater a combater a maior inflação em 40 anos nos Estados Unidos.

vmt/Dt/mr/cjc/mvv

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