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Petróleo alcança valorização máxima em quase um mês

24/08/2022 20h30

Os preços do petróleo fecharam nesta quarta-feira (24) em seu nível mais alto em quase um mês, após a notícia de uma queda maior do que o esperado das reservas petrolíferas comerciais americanas, além da perspectiva de corte de produção da Opep.

O preço do barril de Brent do Mar do Norte para entrega em outubro fechou em alta de 0,99% a 101,22 dólares, um máximo desde 29 de julho.

Enquanto isso, o barril de West Texas Intermediate (WTI), também para entrega em outubro, registrou alta de 1,22% a 94,89 dólares.

Os operadores reagiram ao informe da Agência americana de Informação sobre Energia (EIA) em dois momentos.

Primeiro, preocuparam-se com a estabilidade das reservas de gasolina nos Estados Unidos na semana passada, ao contrário do esperado pelos analistas.

O efeito acentuou-se com uma queda de cerca de 10% na demanda deste combustível.

"Isto aumenta a preocupação com uma desaceleração econômica", comentou Phil Flynn, da corretora Price Futures Group.

Os preços se recuperaram em seguida, à medida que o mercado digeriu o informe e se concentrou na queda maior do que o previsto das reservas comerciais de petróleo.

Na semana encerrada em 19 de agosto, as reservas comerciais de petróleo caíram 3,3 milhões de barris (mb), enquanto os analistas esperavam uma queda, também importante, de 2,5 mb.

Enquanto isso, as reservas estratégicas de petróleo recuaram 8,1 mb.

No total, os estoques americanos, incluindo comerciais e estratégicos, se encontram no nível mais baixo em quase 20 anos (desde junho de 2003).

A queda das reservas comerciais se deve em parte ao nível alto das exportações de petróleo pelos Estados Unidos.

"O aumento da demanda europeia contribui para aumentar as exportações americanas e corrói os estoques", resumiu Smith.

Segundo Andrew Lebow, do Commodity Research Group, o mercado continua "reagindo" às declarações do ministro saudita da Energia, Abdelaziz bin Salmán, que sinalizou para uma possível redução da produção da Opep e seus aliados no âmbito da Opep+.

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© Agence France-Presse