FMI reconhece 'esforços' de governo haitiano para atenuar crise
Em meio a crises políticas, econômicas e de segurança, agravadas pela alta nos preços de alimentos e combustíveis, o Governo haitiano tem feito "esforços significativos" para tentar contê-las, afirmou o FMI (Fundo Monetário Internacional) hoje, após avaliação de um programa de vigilância.
Em junho de 2022, o FMI aprovou um programa supervisionado por funcionários da organização, que não envolve o desembolso de recursos, para ajudar o país a restaurar a estabilidade macroeconômica e reduzir a inflação.
A medida segue vigente até maio de 2023 e, em um segundo momento, poderia estabelecer negociações para um acordo financeiro.
Nos últimos meses, o impacto da guerra na Ucrânia no preço dos alimentos e combustíveis e o agravamento da situação de segurança no país, "deram uma perspectiva macroeconômica pior do que as existentes quando o programa foi aprovado", anunciou o Fundo.
Segundo a entidade, "os dados recentes e o progresso nas reformas estruturais sugerem que as autoridades estão fazendo esforços significativos para atenuar os inúmeros desafios no país", que acrescentou que a implementação do programa "foi muito satisfatória, apesar das dificuldades para cumprir os objetivos quantitativos".
A organização financeira considera como "coerente" o orçamento para o ano fiscal de 2023, sobretudo a parte atribuída à população mais vulnerável.
Alinhada com as propostas previstas pelo programa, as autoridades haitianas implementaram medidas para aumentar a arrecadação de impostos no país através de um novo regime tributário, iniciativa que foi elogiada pelo FMI, que também destacou a ação de "fortalecer a responsabilidade na arrecadação e no uso de recursos públicos".
Esta é a segunda boa notícia da semana para o Haiti, após a aprovação na segunda-feira (23) de uma verba de US$ 105 milhões para combater a escassez de alimentos no país.
O Haiti vive grave momento de crise humanitária, com um surto de cólera em meio à escalada da presença de facções criminosas após o assassinato do presidente Jovenel Moise, em julho de 2021.
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