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Regiões próximas às fronteiras da UE têm maior desenvolvimento

Regiões que estão próximas às fronteiras com países democráticos e pró-Europa têm um melhor desenvolvimento econômico - Cristina Arias/Cover/Getty Images
Regiões que estão próximas às fronteiras com países democráticos e pró-Europa têm um melhor desenvolvimento econômico Imagem: Cristina Arias/Cover/Getty Images

10/05/2021 12h50Atualizada em 10/05/2021 12h50

BRUXELAS, 10 MAI (ANSA) - Uma pesquisa do programa de estudos Espon, especializado em análises sobre a política regional da União Europeia, analisou que as regiões que estão próximas às fronteiras com países democráticos e pró-Europa têm um melhor desenvolvimento econômico.

O grupo analisou as oportunidades empresariais em três regiões da Letônia e Lituânia na fronteira com a Rússia e Belarus; e a Moldávia na fronteira com a Romênia. Segundo o relatório, fazer fronteira com os europeístas favorece o desenvolvimento das empresas nas fronteiras externas, enquanto a situação oposta tem um forte efeito de fechamento.

Assim, para regiões "geograficamente específicas", periféricas e despovoadas, que requerem "particular atenção dos governos nacionais e da Comissão Europeia para apoiar seu desenvolvimento socioeconômico", é determinante a situação política que existe "do lado de lá" da fronteira.

Os pesquisadores escrevem que "a recente eleição de uma presidente pró-europeia na Moldávia, provavelmente, facilitará a cooperação econômica e as ligações econômicas transfronteiriças" entre as áreas da Romênia e Moldávia, uma colaboração já facilitada pelo fato do compartilhamento de uma identidade comum.

"Menos definido, mas ainda possível" é também o desenvolvimento da região de Latgale, na Letônia. Nesse caso, após as contestadas eleições presidenciais, as empresas de Belarus decidiram mudar suas sedes para o território letão para ter os benefícios do mercado único da UE.

Todavia, o desenvolvimento sustentável e resiliente das regiões das fronteiras externas da UE, concluem os pesquisadores, não pode depender de investimentos externos, sujeitos a fatores extras que podem dar a vida à vulnerabilidade, mas pede intervenções integradas de longo prazo que mirem o reforço do potencial endógeno regional.