Petróleo se recupera após atingir nível mais baixo em 12 anos
(Bloomberg) -- O petróleo registrou alta com investidores reavaliando as razões para a queda nos mercados futuros ao nível mais baixo em 12 anos na quarta-feira.
O petróleo subiu até 2,6 por cento em Londres e 4,2 por cento em Nova York. Os preços desabaram ontem. O Brent caiu para menos de US$ 30 o barril na quarta-feira pela primeira vez desde abril de 2004 devido à especulação de que as sanções impostas ao Irã talvez sejam eliminadas na próxima segunda-feira, o que abre o caminho para o aumento dos embarques. Os índices de força relativa para o WTI e o Brent estavam abaixo do limiar de 30 pontos, o que sugere que os preços caíram muito rapidamente.
"Temos um pouco de pausa depois da grande queda", disse Rob Haworth, estrategista de investimentos do US Bank Wealth Management, em Seattle, que administra US$ 128 bilhões em ativos.
O Brent fechou 2015 com uma terceira perda anual com a Opep efetivamente abandonando os limites de produção em meio ao excesso mundial da oferta. O Irã está tentando reconquistar a participação que perdeu no mercado e não pretende pressionar os preços, disseram representantes do Ministério do Petróleo e da companhia petrolífera nacional neste mês. Os estoques de gasolina dos Estados Unidos tiveram o maior ganho de duas semanas já registrado, de acordo o dados do governo divulgados na quarta-feira.
O WTI para entrega em fevereiro subiu 55 centavos, ou 1,8 por cento, para $ 31,03 o barril às 11:10 na New York Mercantile Exchange. Os preços caíram para menos de US$ 30 na terça-feira pela primeira vez desde dezembro de 2003. O volume total negociado foi 63 por cento acima do média de 100 dias.
O Brent a ser entregue em fevereiro, que vence na quinta- feira, subiu 44 centavos, ou 1,5 por cento, para US$ 30,75 o barril, às 13:51 na bolsa ICE Futures Europe, em Londres. O contrato mais ativo de março subiu 25 centavos, para US$ 30,53. O Brent para fevereiro foi negociado com desconto de 28 centavos em relação ao WTI, enquanto o desconto sobre contratos de março estavam em US$ 1,39.
"O mercado está tentando se estabilizar", disse Gene McGillian, analista da Tradition Energy em Stamford, Connecticut. "O mercado está sobrevendido, mas é questionável se nós vamos ser capazes de nos segurar aqui. A perspectiva de que as sanções iranianas serão retiradas em breve e aumento dos estoques dos Estados Unidos atraíram mais especulação para o mercado ontem."
"Nesses tipos de níveis, o mercado precificou uma perspectiva bastante sombria para 2016, do ponto de vista de crescimento", disse Andrew Wilson, CEO da Goldman Sachs Asset Management International, em entrevista à Bloomberg TV.
O Irã, o quinto maior membro da Opep, aumentará a produção em 100.000 barris por dia, ou 3,7 por cento, um mês depois que as sanções forem levantadas e em 400.000 seis meses depois, de acordo com a mediana das estimativas de 12 analistas e economistas consultados pela Bloomberg. O ministro do Petróleo Bijan Namdar Zanganeh prometeu aumentar a produção em meio milhão de barris por dia semanas depois do cancelamento das sanções e pela mesma quantidade de novo seis meses depois.
"Notou-se que US$ 30 é um nível psicológico chave e nós estamos mostrando alguma resistência", disse John Kilduff, sócio da Again Capita, fundo de hedge baseado em Nova York que tem energia como foco. "O levantamento das sanções contra o Irã está parecendo o próximo catalisador para o mercado."
Estoques dos EUA
Os estoques de petróleo dos Estados Unidos subiram em 234.000 barris para 482,6 milhões na semana passada, de acordo com um relatório de quarta-feira da Administração de Informação de Energia. Os estoques de petróleo bruto em Cushing, Oklahoma, ponto de entrega de WTI, subiram pela 10ª semana até 8 de janeiro para 64 milhões de barris.
Título em inglês: Brent Crude Trades Near $30 as Iranian Sanctions Removal Looms
Para entrar em contato com os repórteres: Mark Shenk em Nova York, mshenk1@bloomberg.net; Grant Smith em Londres, gsmith52@bloomberg.net Para entrar em contato com os editores responsáveis: Telma Marotto, tmarotto1@bloomberg.net Patricia Xavier
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