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Cinco coisas que vão dar o que falar hoje

Lorcan Roche Kelly

03/02/2016 11h58

(Bloomberg) - As ações estão em baixa, os PMIs da zona do euro caíram e a China definiu sua meta de crescimento. Eis alguns dos assuntos que vão dar o que falar nos mercados hoje.

Ações em baixa

Os mercados na Ásia caíram durante a noite. O Nikkei 225 Stock Average, do Japão, fechou com uma baixa de 3,2 por cento depois que a Nomura Holdings publicou lucros decepcionantes. Na Europa, o Stoxx 600 registrava uma queda de 0,66 por cento às 10h55, horário de Londres. Os futuros de índices de bolsas dos EUA quase não se modificaram.

PMIs da zona do euro

A Markit Economics disse que seu índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto relativo a janeiro caiu de 54,3 em dezembro para 53,6 - o valor mais baixo em quatro meses. Um sinal preocupante para a meta de inflação estipulada pelo BCE é que os preços da produção caíram para o patamar mais baixo desde março de 2015. No Reino Unido, a confiança em empresas de prestação de serviços caiu para o valor mais baixo em três anos, de acordo com a Markit. Os dados chegaram na véspera da decisão de política econômica do Banco da Inglaterra e cresce a especulação de que o próximo movimento do banco seja cortar os juros.

Transação da Syngenta

A China National Chemical decidiu comprar a Syngenta, fabricante suíça de pesticida e sementes, por mais de US$ 43 bilhões em dinheiro, de acordo com uma declaração publicada hoje. Espera-se que a transação seja concluída por volta do fim do ano. Com 1,4 milhão de bocas para alimentar na China, a transação faz sentido estrategicamente para a empresa, que conta com apoio estatal. A aquisição precisará ser aprovada por assessores de segurança dos EUA, que deverão se assegurar de que essa transação não gerará nenhum risco de segurança alimentar para os EUA.

Recuperação do petróleo?

Os preços do petróleo poderiam subir 50 por cento até o fim do ano e os analistas projetam um aumento de US$ 15 por barril, mostram estimativas compiladas pela Bloomberg. Em um futuro mais próximo, o West Texas Intermediate para entrega em março registrava um avanço de 66 centavos de dólar, para US$ 30,56 o barril, na New York Mercantile Exchange às 11h24, horário de Londres, depois da maior queda de dois dias em sete anos. No entanto, a commodity com o melhor desempenho até agora neste ano é o ouro, que ficou perto do valor mais alto em três meses nesta manhã.

Meta de crescimento da China

A China definiu a faixa-meta de 6,5 por cento a 7 por cento para o crescimento da segunda maior economia do mundo neste ano, a primeira vez que o país estipula uma faixa para sua meta de crescimento desde 1995. A economia está sob pressão e os investidores estão procurando os chamados anjos caídos, porque mais dívidas estão sendo rebaixadas para junk. Em resposta, o banco central da China pretende aliviar as normas relativas ao momento em que os investidores podem transferir dinheiro para dentro ou para fora do país, no que seria um relaxamento dos controles de capitais chineses, de acordo com pessoas com conhecimento direto do assunto.