Idosos devem representar um quarto da população chinesa até 2030
(Bloomberg) -- O país mais populoso do mundo está envelhecendo a um ritmo acelerado.
Esse envelhecimento gera grandes reflexos no crescimento econômico da China, que poderia ser afetado pelo forte declínio da força de trabalho entre 2021 e 2030. Além disso, exerce pressão também sobre os gastos do país com serviços públicos, seguro e saúde e prejudica o consumo doméstico.
O plano de desenvolvimento populacional mais recente da China, divulgado pelo Conselho de Estado na quarta-feira, projeta que cerca de um quarto da população do país terá 60 anos ou mais em 2030. A fatia contrasta com a de 13,3 por cento da população no último censo do país, de 2010.
O número de crianças com 14 anos ou menos cairá para 17 por cento no mesmo período, estimou o plano, sem dizer qual base usou para a comparação. Em 2030, cerca de 36 por cento da população terá 45 a 59 anos, segundo o plano. O censo de 2010 mostrou que esse grupo etário respondia por cerca de 20 por cento da população total.
O encolhimento da força de trabalho afetaria ainda mais a vantagem competitiva da China no setor de manufatura, mas também seria um peso para o consumo, um importante pilar da economia após a decisão do país de deixar de apostar nas fábricas como motores de crescimento.
Há um ano as autoridades deram um grande passo para tentar estimular o crescimento populacional do país eliminando a política do filho único, que vigorou por mais de três décadas. A decisão não gerou o impulso inicial que os demógrafos haviam projetado.
Os nascimentos somaram 17,86 milhões em 2016, maior total desde 2000 e um aumento de 1,91 milhão em relação a 2015, informou a Comissão Nacional da Saúde e Planejamento Familiar neste mês. Ainda assim, o total ficou abaixo da projeção oficial. Em junho passado, o governo estimava que haveria um aumento de 4 milhões de novos nascimentos a cada ano até 2020. A China continuará implementando a política dos dois filhos para ter uma população equilibrada, segundo o plano.
Mesmo assim, o plano mais recente informou que os índices de natalidade poderiam continuar baixos. A projeção atual é de que a população total atingirá seu pico em torno de 2030 e começará a cair na sequência. O plano estabelece uma meta populacional de 1,42 bilhão para 2020 e de 1,45 bilhão para 2030. Além disso, defende mais urbanização, com a projeção de que mais de 13 milhões de pessoas se mudarão das zonas rurais para as cidades a cada ano entre 2016 e 2020.
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