Deputado prepara lei para banir carros a gasolina na Califórnia
(Bloomberg) -- Um parlamentar da Califórnia quer colocar o estado ao lado da China, da França e do Reino Unido e quer que os parlamentares considerem a proibição de veículos movidos por combustíveis fósseis.
O democrata Phil Ting, membro da Assembleia da Califórnia e também presidente do comitê de orçamento da câmara, disse que pretende apresentar um projeto de lei que permitiria que, a partir de 2040, o departamento de veículos automotores do estado registre apenas veículos "limpos", que não emitam dióxido de carbono, como os carros movidos a baterias elétricas ou a células de combustível de hidrogênio.
"Se não há um prazo estabelecido, não se faz nada", disse Ting, que representa boa parte de São Francisco, em entrevista por telefone na terça-feira. "É nossa responsabilidade estabelecer um prazo com 23 anos de antecedência."
Ting disse que apresentará o projeto de lei quando os parlamentares voltarem a Sacramento, no mês que vem, para a próxima sessão legislativa. Se adotada, a lei eliminará uma enorme parcela das emissões de carbono do setor de transporte -- atualmente a principal fonte de gases causadores do efeito estufa nos EUA -- como parte da busca do estado por reduzir as emissões em 80 por cento em relação aos níveis de 1990 até 2050.
Ting não é a primeira autoridade do estado, que é o maior mercado de vendas de novos veículos nos EUA, a considerar abertamente a possibilidade de proibir motores de combustão interna. O assunto foi discutido no Conselho de Recursos do Ar da Califórnia (Carb, na sigla em inglês), o poderoso órgão estadual regulador da qualidade do ar, depois que o governador Jerry Brown mostrou interesse em ações semelhantes adotadas por outros países, incluindo a China.
"Recebi mensagens do governador perguntando 'por que nós ainda não fizemos nada?'", disse a presidente do Carb, Mary Nichols, em setembro, referindo-se à eliminação planejada das vendas de veículos movidos a combustíveis fósseis na China. "O governador, é claro, mostrou interesse em saber por que a China pode fazer isso e a Califórnia não."
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