Redução de benefícios da indústria será gradual, diz Da Costa
(Bloomberg) -- A redução dos benefícios fiscais do setor industrial precisa ser feita de forma gradual, como um desmame, e será compensada por medidas que proporcionem a recuperação do setor. A estratégia foi traçada pelo secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Alexandre Da Costa, em entrevista à Bloomberg.
"A indústria é como um paciente que está enfermo por conta de uma doença causada por fatores externos e que o mesmo causador dos fatores externos fica dando insulina para ele", disse, referindo-se à estratégia de adoção de benefícios fiscais colocada em prática pelos últimos governos.
Dados do IBGE mostram que a produção industrial cresceu apenas 0,1% em novembro de 2018, em comparação com outubro, e caiu 0,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.
A estratégia para a recuperação da indústria passa, necessariamente, por medidas que precisam de aprovação no Congresso. A prioridade do secretário é trabalhar pela reforma tributária, tema que se arrasta há anos. "Temos que fazer reforma que penalize menos a produção e o emprego. Essa pasta vai participar ativamente dessa reforma."
Outro ponto que será adotado e que pode ter um sucesso mais rápido é a retirada de regulamentações. "Vamos trabalhar e influenciar para que essas regulamentações que atrapalham sejam abolidas ou modificadas."
Como uma das formas de medir o trabalho da nova equipe econômica em favor da produtividade, Da Costa pretende elevar as posições do Brasil no ranking "Doing Business", do Banco Mundial. "Queremos melhorar a posição do Brasil desproporcionalmente, não na margem", diz. Atualmente, o Brasil está na 109ª posição entre 190 países.
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