Ex-chefe de polícia da Índia recebe castigo incomum da Justiça
(Bloomberg) -- Um ex-chefe da agência federal de investigação da Índia recebeu uma punição incomum por desobedecer à decisão de um tribunal: ele foi obrigado a ficar sentado na sala do tribunal durante um dia inteiro.
M. Nageswar Rao, ex-diretor interino do Escritório Central de Investigação (CBI, na sigla em inglês), e S. Bhasuram, assessor jurídico da agência, foram condenados pelo Supremo Tribunal por desacato. O crime cometido por eles consistiu em violar uma decisão do tribunal ao afastar um investigador sênior de um caso ligado à exploração sexual de meninas em um abrigo no estado de Bihar, no leste do país.
Como punição, o chefe do Supremo, Ranjan Gogoi, multou cada um em 100.000 rúpias indianas (US$ 1.413) e os condenou a passar um dia sentados no tribunal.
"Vão para um canto do tribunal e fiquem sentados até o levantamento da sessão deste tribunal", ordenou Gogoi ao ex-chefe da polícia federal.
O caso apareceu em manchetes em todo o país no ano passado e pressionou o governador de Bihar, Nitish Kumar, um aliado político do primeiro-ministro Narendra Modi. A posição de Rao como diretor do máximo órgão de investigação também foi consequência de rixas entre dois chefes de investigação.
O CBI - o equivalente indiano ao FBI dos EUA - investiga casos de alto perfil, como corrupção e crimes econômicos.
Rao e o assessor jurídico da agência tinham apresentado uma desculpa incondicional ao tribunal pela decisão de transferir o funcionário, mas ela foi rejeitada pelo tribunal.
Muitos tribunais de primeira instância na Índia pedem aos condenados por pequenos delitos que permaneçam no tribunal por um dia ou algumas horas, mas a imposição desse tipo de castigo a um alto funcionário da polícia pelo Supremo Tribunal da Índia é incomum.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.