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Você precisa de US$ 2,3 mi para ser considerado rico nos EUA

Suzanne Woolley

13/05/2019 15h27

(Bloomberg) -- Ser rico é relativo.

Apenas ter um patrimônio líquido de US$ 1 milhão, ao que parece, não significa que uma pessoa seja rica. Na pesquisa anual Riqueza Moderna, da Charles Schwab, a quantidade mencionada para que uma pessoa seja considerada rica foi de US$ 2,3 milhões. Isso, segundo a empresa, é "mais de 20 vezes o patrimônio líquido médio das famílias americanas".

Também representa uma ligeira queda em relação à média de US$ 2,4 milhões nas duas edições anteriores da pesquisa.

Quanto mais idade tiver uma pessoa, maior o nível de exigência, como esperado. Entre os baby boomers (entre 55 e 73 anos), o patrimônio líquido médio necessário para ser considerado rico é de US$ 2,6 milhões, 35% acima da quantia que os millennials imaginam como preço de admissão à plutocracia.

Para alguém ser considerado meramente financeiramente confortável, o patrimônio líquido exigido diminui significativamente. O valor médio ficou em US$ 1,1 milhão, e apenas a Geração Z (com idade entre 9 e 22 anos, embora a amostra da Schwab tenha incluído idades entre 18 e 22) citou um valor abaixo de US$ 1 milhão (US$ 909,6 mil, para ser exato).

A pesquisa da Schwab, que considerou uma amostra nacional de 1.000 americanos entre 21 e 75 anos, também revelou que a maioria deles realmente sonha com um imóvel. Mais de 50% dos entrevistados em todas as gerações disseram que, se ganhassem US$ 1 milhão, gastariam o dinheiro, e o bem mais demandado seria um lugar para morar - especialmente entre os millennials (de 22 a 37 anos).

Os millennials também discordaram da premissa da pesquisa. Mais de três quartos deles disseram que sua definição pessoal de riqueza tinha a ver com a maneira como vivem suas vidas, e não com uma quantia discreta de dólares.

No entanto, 60% deles não estão muito preocupados, já que planejam ser ricos dentro de um a 10 anos. Os resultados da pesquisa sugerem uma estratégia interessante para ajudá-los a chegar lá - ignorar os posts dos amigos nas redes sociais.

Como assim? Bem, parece que a cobiça virtual ganhou vida própria para a geração digital. De acordo com a pesquisa, gastos excessivos motivados pelo que as pessoas veem nas mídias sociais (em conjunto com a facilidade com que gastam seu dinheiro) foram a maior influência "negativa" sobre como administraram o dinheiro.

E a influência negativa das redes sociais sobre os gastos só tende a crescer. Em março, o Instagram anunciou que está testando uma ferramenta de compras chamada Checkout, que permite aos usuários comprarem itens diretamente no aplicativo, em vez de serem direcionados ao site de um varejista. Muitos recursos para compras one-stop. Agora nem precisamos parar.