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Facebook apresenta Horizon, seu novo 'mundo virtual'

Kurt Wagner

26/09/2019 06h55

(Bloomberg) — O Facebook tenta ampliar seus horizontes virtuais.

A Oculus, unidade de realidade virtual (VR, na sigla em inglês) da empresa, anunciou na quarta-feira o Facebook Horizon, descrito como "um mundo VR em constante expansão", onde as pessoas podem interagir com outras como avatares digitais. Os usuários poderão incorporar recursos e elementos ao mundo, que, segundo o Facebook, "crescerá constantemente com criações extraordinárias feitas pelos cidadãos da Horizon".

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, apresentou o programa durante a conferência anual de desenvolvedores da Oculus em San José, na Califórnia.

O produto é uma combinação de várias ofertas passadas e atuais para a construção de mundos virtuais - que incluem o Minecraft da Microsoft ou o Second Life, o programa inventado pela Linden Labs em 2003 que ganhou mais força na cultura pop do que com usuários reais. Também parece o futuro descrito no popular livro "Ready Player One" adaptado para o cinema ("Jogador Nº 1"). No livro, as pessoas passam a maior parte do tempo vivendo em realidade virtual e gastam grandes somas de dinheiro do mundo real melhorando seus avatares com coisas como armas e roupas.

A empresa não explicou exatamente como o Horizon vai funcionar. O Facebook disse que o produto será lançado como um teste beta fechado em 2020 e compartilhou alguns detalhes adicionais no blog da empresa na quarta-feira. Os usuários poderão interagir uns com os outros em uma praça virtual da cidade e, depois, ir para diferentes seções do mundo usando "portais mágicos, chamados telepods".

O Facebook anunciou outras novidades na conferência, como um plano para implantar o rastreamento manual do novo fone de ouvido VR, o Oculus Quest. Com o rastreamento manual, as pessoas poderão usar os movimentos das mãos para interagir com um jogo ou aplicativo no dispositivo sem a necessidade de controladores físicos. O anúncio ocorreu menos de 48 horas depois que o Facebook comunicou a aquisição da CTRL-Labs, uma startup de computação cerebral que tenta criar tecnologia semelhante, pela qual as pessoas poderão interagir com uma tela digital usando apenas o pensamento.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net