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Laticínios em alerta: Starbucks recomenda substituição do leite

Getty Images
Imagem: Getty Images

Laura Yin e Olivia Rockeman*

22/01/2020 07h07

(Bloomberg) — O novo golpe contra a já combalida indústria de laticínios veio de uma gigante de cafeterias: a Starbucks quer convencer clientes a usarem alternativas ao leite em uma tentativa de reduzir sua pegada de carbono.

Embora a Starbucks responda por apenas 0,3% da produção de leite dos Estados Unidos, a decisão de declarar formalmente uma ênfase em opções não lácteas pode incentivar outros estabelecimentos de serviços de alimentação a seguirem o exemplo.

Isso poderia aumentar a demanda por aveia, nozes, soja e outras bebidas alternativas por questões de saúde e ambientais. O consumo anual de leite de vaca nos EUA caiu cerca de 2% desde a década de 1970, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA.

A nova tendência contribuiu para que muitos produtores de leite dos EUA deixassem o negócio e levou duas grandes processadoras do país —Dean Foods e Borden Dairy— a pedirem recuperação judicial. A Dean é uma das principais fornecedoras da Starbucks, segundo dados compilados pela Bloomberg.

O grupo de marketing Dairy Management disse que, embora compartilhe o compromisso da Starbucks com a sustentabilidade, a pegada ambiental do setor é pequena e está diminuindo em razão de práticas agrícolas inovadoras e novas tecnologias.

"Tanto plantas quanto animais desempenham um papel crítico na saúde das pessoas e do planeta", afirmou o grupo.

(*Com a colaboração de Mike Dorning)