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Berlim obriga revisão de 630 mil veículos de 5 grandes marcas alemãs

22/04/2016 09h36

Berlim, 22 abr (EFE).- Os fabricantes de veículos Audi, Porsche, Mercedes, Volkswagen e Opel deverão revisar um total de 630 mil em virtude dos resultados de um estudo encomendado pelo Ministério de Transportes alemão, após o escândalo de manipulação das emissões de gases em Volkswagen.

Vários meios de imprensa alemães anteciparam hoje este número, citando fontes do governo e antecipando-se a uma entrevista coletiva do ministro dos Transportes, Alexander Dobrindt, prevista para as 15h (horário local, 10h em Brasília).

O jornal "Süddeutsche Zeitung" explica que o governo alemão detectou que em vários modelos "a certas temperaturas a limpeza das emissões progressivamente desligada", o que é permitido segundo a lei europeia correspondente, mas só para evitar danos no motor ou um acidente.

Nos modelos que é preciso revisar, segundo estas fontes, é difícil dizer por que este desligamento entra em funcionamento, algo que afeta os níveis de emissões de gases poluentes.

O governo alemão pede às empresas dos veículos afetados que limitem ao máximo o intervalo de temperaturas no qual a limpeza de emissões é desativada.

Todos os meios de imprensa que antecipam esta informação concordam em destacar que a análise encomendada pelo governo alemão não detectou sistemas de manipulação das emissões similares ao usado pela Volkswagen.

Após o caso Volkswagen ser revelado no ano passado, o Ministério de Transportes encarregou o Escritório Federal de Veículos a Motor (KBA, na sigla em alemão) de estudar os níveis de emissões de gases poluentes de mais de 50 modelos de 20 fabricantes, tanto alemães como estrangeiros.

Em novembro do ano passado, após analisar dois terços de todos os modelos, a KBA já tinha antecipado que detectou valores de emissões de gases acima do permitido em vários fabricantes.

Então, abriu uma fase de consultas com as montadoras afetadas e indicou que posteriormente poderiam ser buscadas "consequências legais".

Em setembro, a Volkswagen tinha reconhecido - após uma denúncia das autoridades ambientais dos EUA - ter incluído um software ilegal em cerca de 9,5 milhões de veículos para que, quando fossem levados a um banco de testes, emitissem gases cumprindo com a legalidade, quando em condições normais poluíam mais.