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Acordo entre UE e Mercosul pode multiplicar áreas de intercâmbio comercial

21/06/2017 22h44

Montevidéu, 21 jun (EFE).- O ministro de Transporte e Obras Públicas do Uruguai, Víctor Rossi, destacou nesta quarta-feira à Agência Efe que um possível acordo entre a União Europeia (UE) e o Mercosul "seria um multiplicador de todas as áreas de intercâmbio", durante sua participação no Fórum de Investimento Europeu no Uruguai.

"A partir dos acordos veremos facilitadas as distintas iniciativas, os diferentes intercâmbios e os diferentes negócios", afirmou o politico, fazendo referência ao possível acordo financeiro entre os dois blocos.

Além disso, apontou que o Uruguai já está tendo "uma boa resposta por parte de empresários europeus que estão interessados em participar nos projetos de infraestrutura do país".

O ministro destacou que neste momento o Uruguai está negociando a abertura de uma segunda fábrica de celulose no país com a empresa finlandesa UPM e ressaltou que esta negociação "está acompanhada" pelo interesse de novas companhias europeias que estão interessadas em "desenvolver" e fazer parte do desafio "ferroviário".

Uma dessas empresas é a belga Auraxis, cujo principal executivo, Stéphane Jaumot, também fez parte do painel do fórum que tratava sobre as oportunidades de investimento em infraestrutura.

Durante a conferência, o belga salientou que a sua empresa ofereceu ao país sul-americano uma proposta para modernizar seu sistema ferroviário.

"A ferrovia é fundamental para o desenvolvimento econômico do Uruguai, e não só para ajudar à instalação da UPM, pois há outros ramais da via com muito potencial", assegurou o empresário que também trabalha em sistemas férreos na Colômbia.

Os especialistas da conferência, compostos por executivos europeus e uruguaios, assinalaram que uma boa infraestrutura é algo muito importante para decidir-se por investir noutro país.

Este simpósio fez parte da primeira jornada de um fórum que reúne 720 empresas da América Latina e da Europa com o objetivo de fortalecer vínculos comerciais e criar novas alianças estratégicas em ambos lados do oceano Atlântico.

Além das conferências, nesta quinta-feira haverá visitas técnicas nas quais os participantes poderão ver o funcionamento da produção de serviços ou das logísticas do país e reuniões "B2B".