Macri assegura que Argentina está "longe" de crise como a de 2001
O presidente da Argentina, Mauricio Macri, afirmou na terça-feira (15) que o país está "longe" de sofrer uma crise como as que atravessou no passado, mas disse entender a "angústia" dos cidadãos depois da forte queda do peso e de ter começado a negociar um crédito com o FMI (Fundo Monetário Internacional).
"Sei que estes dias despertaram angústia e preocupação, que situações como as que vivemos possam gerar uma crise maior; eu entendo, nós entendemos, mas estamos longe disso: não há uma situação comparável com outras crises", declarou Macri em mensagem televisionada.
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As palavras do chefe de governo são suas primeiras em público depois do anúncio de solicitação do crédito há exatamente uma semana, embora as declarações de membros do seu gabinete, liderado por Marcos Peña, tenham sido no mesmo sentido nos dias anteriores.
Nesse sentido, Macri considerou que o Executivo e a população estão "em condições de superar juntos" a situação atual.
Nas últimas semanas, o peso argentino registrou forte desvalorização em relação ao dólar - que hoje fechou a 24,50 pesos, com uma leve melhoria -, o que levou o governo a elevar as taxas de juros a 40% para depois pedir ajuda financeira ao FMI.
Com relação à inflação, nesta terça-feira foi anunciado que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) na Argentina subiu 2,7% em abril, em relação ao mês anterior, acumulando um aumento de 9,6% neste ano, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec).
Na opinião de Macri, a Argentina já incorporou "as doutrinas da nossa história" em matéria de crises econômicas, como a sofrida nos anos 90 que conduziu ao famigerado "corralito" de 2001.
"Estamos preparados para preveni-las", garantiu, ao mesmo tempo em que destacou que a "grande crise" foi evitada quando chegou ao governo e, sem fazer referência explícita a governos kirchneristas, repetiu a mensagem de que a Argentina "vem de décadas de irresponsabilidade".
Macri se reuniu ontem com senadores opositores para conversar e buscar consensos sobre a situação atual do país, embora o kirchnerismo não estivesse presente no encontro.
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