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Sindicato do Canadá ameaça GM com boicote se fábrica no país for fechada

20/12/2018 22h50

Toronto, 20 dez (EFE).- O Unifor, principal sindicato do setor automotivo do Canadá, avisou nesta quinta-feira que iniciará uma campanha de boicote à General Motors (GM) se a montadora não desistir de fechar uma fábrica na cidade de Oshawa antes de janeiro.

Os diretores do Unifor se reuniram hoje em Detroit, nos Estados Unidos, com executivos da GM para criticar a decisão de fechar a fábrica de Oshawa e tentar encontrar uma solução para manter o local, onde trabalham mais de 2 mil pessoas, em funcionamento.

Após a reunião, o presidente do Unifor, Jerry Dias, afirmou em entrevista coletiva que a empresa se mostrou aberta a considerar outras opções para Oshawa e que espera uma resposta definitiva sobre o futuro da fábrica até o dia 7 de janeiro.

Dias se comprometeu a esperar até a data anunciada antes de tomar qualquer medida contra a GM, mas avisou que o Unifor e o sindicato United Auto Workers (UAW), dos Estados Unidos, estão preparados para boicotar a empresa dependendo da decisão que for tomada.

Os dois sindicatos prometem iniciar uma campanha para convencer cidadãos americanos e canadenses a não comprarem veículos da GM se a montadoras manter os planos anunciados em novembro para fechar cinco fábricas nos dois países, entre elas Oshawa.

O líder sindical revelou que as concessionárias canadenses da GM já estão sentindo as consequências do anúncio feito pela empresa.

Para Dias, a montadora traiu o Canadá com a decisão de transferir os empregos para o México apesar de o governo local ter apoiado a empresa com bilhões de dólares durante a crise de 2009.

"Quando a GM precisou do Canadá, nós ajudamos", afirmou Dias.

O sindicalista também criticou que a GM e acusou a empresa de estar se aproveitando da mão de obra barata do México e do atraso da implementação do novo acordo de livre-comércio assinado entre mexicanos, canadenses e americanos, batizado como T-MEC. EFE