Boeing revela melhorias de segurança que pretende implementar nos 737 Max
Nova York, 27 mar (EFE).- A Boeing revelou nesta quarta-feira a um grupo de 200 pilotos, técnicos e reguladores as melhorias de segurança que pretende implementar nos aviões 737 Max, envolvidos em dois acidentes mortais nos últimos seis meses, segundo informou a companhia na sua conta corporativa do Twitter.
Em um encontro na sua sede de Renton, no estado de Washington, o vice-presidente da empresa, Mike Sinnett, assegurou que a Boeing trabalha para "restaurar a fé" na sua indústria, reafirmar seu compromisso com a segurança e recuperar a confiança dos passageiros, segundo afirmou a emissora de televisão "CNBC".
A Boeing explica em um site específico que o sistema de controle de voo (MCAS) dos 737 Max "dará camadas adicionais de proteção" se os sensores de ângulo de ataque "fornecerem informação errônea", e que seu software atualizado foi analisado durante "centenas de horas", incluindo simulações e voos de teste.
O sistema de controle de voo receberá dados de dois sensores do ângulo de ataque, ao invés de um, e se, ao compará-los, houver um desacordo entre eles de mais de 5,5 graus, não se ativará e alertará os pilotos através de um indicador no painel.
A Boeing acrescentará esse indicador no painel do controle do voo para que os pilotos saibam quando esses sensores estão em desacordo e reforçará a formação requerida aos profissionais para que entendam como o sistema funciona e como desativá-lo se houver um problema, detalhou a "CNBC".
Nesse sentido, a empresa sustenta que os pilotos "seguirão tendo sempre a habilidade de anular o MCAS e controlar manualmente a aeronave".
A previsão é que no final desta semana a companhia envie a atualização de software e o plano de treino dos pilotos à Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA) para que certifique sua aprovação, o que poderia levar duas semanas, segundo especialistas da indústria.
Depois dessa aprovação da autoridade americana, a Boeing disse que deve enviar a atualização aos seus clientes, que demorarão alguns dias para instalá-la, testá-la e formar seus funcionários, enquanto outros reguladores devem dar seu sinal verde antes que a frota de aviões possa operar de novo.
A respeito de mecanismos de segurança opcional que poderiam ter ajudado seus pilotos a evitar os acidentes e que a Boeing vendia como uma ferramenta extra, nesta quarta-feira a empresa disse no encontro que os incluirá gratuitamente, e que as companhias aéreas que já tenham adquirido as aeronaves podem reequipá-las sem custo.
Após a divulgação desta notícia, as ações de Boeing subiram 1,03% em Wall Street. EFE
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