Inovação, integração e sustentabilidade é a trilha do futuro latino-americano
Washington, 26 set (EFE).- Inovação, integração e sustentabilidade devem ser os eixos do futuro econômico da América Latina, afirmou nesta quinta-feira Luis Alberto Moreno, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao comemorar o 60º aniversário da organização.
"Nesses 60 anos, aprendemos muito sobre os motores e os obstáculos para o crescimento. Sobre o que é preciso fazer, e principalmente o que se deve evitar", disse Moreno na inauguração dos festejos da principal instituição de desenvolvimento da América Latina.
Além dos ministros de Economia e Fazenda da região, deverão participar do evento o presidente da Colômbia, Iván Duque; assim como o de Honduras, Juan Orlando Hernández; e a primeira-ministra de Barbados, Mia Mottley.
"Nosso povo desfruta de uma qualidade de vida muito melhor do que há 60 anos. Também vimos mudanças sociais, como o crescente protagonismo das mulheres, no setor privado e público", falou Moreno, além de lembrar que, assim como a América Latina mudou e está diferente, o mundo também o fez.
"Para crescer no ritmo que precisamos, não basta nos integrar. Precisamos aumentar também a inovação", afirmou o presidente do BID e ex-ministro colombiano, ao relembrar os baixo níveis de crescimento que vêm se repetindo nos últimos anos na região.
Moreno destacou a importância dos ecossistemas que apoiam a pesquisa e a criatividade empresarial, citando como exemplos de iniciativas de fomento a Start-up Chile e o Instituto Nacional do Empreendedor mexicano.
Por sua vez, o secretário-assistente para Finanças Internacionais do Tesouro dos Estados Unidos, George Okamoto, considerou que o envolvimento do setor privado é primordial para que o desenvolvimento latino-americano dê um salto qualitativo.
"Apesar dos avanços da região com quase três décadas de expansão contínua, o setor privado ainda não completou todo seu potencial. E, para isso, é necessário abrir os mercados e reforçar o estado de direito", afirmou o servidor americano.
Moreno ressaltou ainda a importância de encarar um dos grandes desafios contemporâneos: a mudança climática.
O colombiano apontou que a meta do BID é que 30% dos seus empréstimos anuais tenham um componente de adaptação e redução do aquecimento global.
No ano passado, a organização aprovou empréstimos que somaram mais de US$ 14 bilhões (R$ 56 bilhões).
O BID, cuja sede fica em Washington (EUA), conta com representações locais nos 26 países-membros distribuídos por América Latina e Caribe, e conta com 22 países doadores, entre eles Espanha, China, Japão e Estados Unidos. EFE
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