GM e funcionários chegam a acordo provisório para pôr fim a greve
Washington, 16 out (EFE).- O sindicato United Auto Workers (UAW) anunciou que chegou a um acordo com a General motors (GM) para pôr fim a uma greve em todas as suas unidades de produção nos Estados Unidos, que nesta quarta-feira completa um mês e que custou à montadora US$ 2 bilhões.
O vice-presidente do UAW, Terry Dittes, afirmou em comunicado que, embora não possa revelar ainda os detalhes do acordo, "a principal prioridade da equipe negociadora foi garantir um convênio coletivo forte e justo" para os filiados.
O anúncio foi feito um mês depois que cerca de 50 mil filiados ao UAW se declarassem em greve nos EUA e paralisassem a produção em 33 fábricas e 22 centros de distribuição.
Os trabalhadores da GM iniciaram em 16 de setembro a primeira greve na companhia desde 2007, após dois meses de negociações infrutíferas para a assinatura de um novo acordo coletivo.
Entre as reivindações feitas pelo UAW durante as negociações estão aumentos salariais e a redução do número de empregos temporários, assim como maiores investimentos da montadora nos EUA para evitar a transferência da produção para o México.
A GM se comprometeu a investir pelo menos US$ 7 bilhões nos EUA durante os próximos quatro anos, embora a empresa possa aumentar esse número para US$ 9 bilhões.
Embora os negociadores de UAW e GM tivessem chegado a um acordo para a assinatura do novo convênio coletivo, os detalhes ainda têm que ser aprovados pelos trabalhadores da montadora, um processo que pode levar mais de uma semana.
Habitualmente, os empregados ratificam os acordos obtidos por seus representantes sindicais do UAW, mas há quatro anos os da Fiat Chrysler (FCA) rejeitaram o convênio, o que obrigou a retomada das negociações.
O sindicato tem que decidir agora se desconvoca a greve ou se a mantém enquanto o convênio é ratificado pelos filiados. EFE
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