G20 apoia taxar empresas de tecnologia e celebra trégua entre EUA e China
O G20 elogiou hoje os avanços feitos pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) nas discussões sobre a proposta unificada para taxar as grandes empresas de tecnologia.
A ideia é que as gigantes do setor, como Apple, Google, Amazon, Facebook e outras, paguem uma parte dos impostos nos países onde suas receitas são geradas, evitando assim a criação de mecanismos de engenharia fiscal para se esquivar do pagamento de taxas.
"A propósito da aplicação de impostos em nível internacional, parabenizamos pelos recentes progressos conseguidos e pelos esforços da OCDE, que propôs um enfoque unificado para a questão", disse o ministro da Economia do Japão, Taro Aso.
As declarações foram feitas por Aso após uma reunião de representantes dos países do G20 em Washington, em paralelo à assembleia anual do Fundo Monetário Internacional (FMI). O Japão ocupa a presidência rotativa do bloco que reúne as principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo.
Na semana passada, a OCDE apresentou um relatório no qual propõe que as grandes corporações sejam tributadas onde quer que estejam os usuários, sem importar o domicílio fiscal das empresas.
Os países do G20 devem agora discutir a proposta do OCDE em detalhes, com o objetivo de apresentar um projeto final até junho de 2020.
A iniciativa quer enfrentar um dos principais desafios da economia digital, o fato de muitas empresas fazerem negócio em um país sem estarem fisicamente presentes nele.
Para a OCDE, é fundamental que os governos possam exigir que essas empresas paguem impostos pelas receitas geradas pelos clientes que vivem naquele país, sejam eles cidadãos comuns ou outras companhias.
O G20 também comemorou o acordo parcial firmado entre Estados Unidos e China na semana passada para pôr fim à guerra comercial entre os dois países.
O ministro japonês destacou como positiva a aproximação entre os dois governos, mas evitou criticar Donald Trump pelas políticas protecionistas que provocaram o conflito. Para Aso, as disputas desse tipo devem ser solucionadas de maneira "bilateral". EFE
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