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FMI diz que Argentina precisa de "alívio substancial" de dívida

21/03/2020 03h38

Washington, 20 mar (EFE).- A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, advertiu nesta sexta-feira que a Argentina precisa de "alívio substancial" de sua dívida e pediu que o governo de Alberto Fernandez e credores privados se comprometam com um "processo colaborativo de negociação".

"Considerando a capacidade da dívida e o atual peso da dívida do país, será necessário um alívio substancial dos credores privados para restaurar a sustentabilidade da dívida com elevada probabilidade", disse Georgieva em comunicado.

"Incentivamos um processo colaborativo de negociação entre a Argentina e seus credores privados com o objetivo de chegar a um acordo que envolva um alto nível de participação".

A diretora gerente do FMI fez estas declarações após uma análise do corpo técnico da entidade na Argentina sobre a capacidade de sustentar a dívida a médio e longo prazos, que leva em conta a situação econômica estrutural, mas também o impacto da pandemia da Covid-19.

"Cuidar das pessoas mais vulneráveis da Argentina e enfrentar a difícil situação econômica do país tem sido uma das maiores prioridades do presidente Alberto Fernandez desde que ele assumiu o cargo. Combater estes problemas tornou-se ainda mais essencial à luz da pandemia do coronavírus e devido a seu significativo impacto econômico e na saúde pública", disse Georgieva.

A Argentina tem uma dívida de US$ 44 bilhões com o FMI, dos US$ 56,3 bilhões que a entidade concedeu como empréstimo em um acordo assinado em 2018 com o governo na época presidido por Maurício Macri.