Iata duplica estimativa de prejuízo do setor aéreo devido a coronavírus
Esse número implica uma redução de 44% nas receitas globais das companhias aéreas em termos anuais, e baseia-se no pressuposto de que as restrições de viagens atualmente em vigor durarão três meses e que a economia se recuperará gradualmente nos meses seguintes.
O agravamento das previsões, que inicialmente colocaram as perdas em US$ 113 bilhões, deve-se às severas medidas que muitos países adotaram para interromper completamente o tráfego aéreo de passageiros para impedir a chegada de pessoas potencialmente contaminadas.
Outro elemento que foi levado em consideração é a certeza de que a crise mundial da saúde causada pelo novo coronavírus será seguida por um período de recessão, segundo análises de diferentes organizações financeiras.
"As companhias aéreas estão lutando para sobreviver em todos os cantos do mundo. Restrições de viagem e a procura inexistente significam que, além da carga, praticamente não há transportes de passageiros. Para eles, é o apocalipse, disse o diretor-geral da Iata, Alexandre de Juniac.
As companhias aéreas estão enfrentando sua crise mais grave. Em poucas semanas, nosso pior cenário agora parece melhor do que nossas estimativas mais recentes, acrescentou.
Ele alertou que, se os governos não ajudarem as companhias aéreas, não haverá uma que possa se levantar e que todas elas precisem de US$ 200 bilhões, apenas para seguir em frente.
A maior queda na receita de passageiros será sofrida pelas companhias aéreas europeias, com 76% a menos em 2020 em comparação a 2019.
As maiores companhias aéreas internacionais reduziram suas atividades ao mínimo e estão mantendo de 10% e 20% - na melhor das hipóteses -, de suas operações.
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