Cepal vê Biden com "mais conhecimento" de América Latina do que Trump
Santiago, 6 de out (EFE).- A secretária executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Barcena, disse considerar que o candidato do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, tem mais "conhecimento e proximidade" em relação à região latino-americana do que o presidente do país, Donald Trump.
"Biden, como vice-presidente, veio ao Chile, esteve na América Central e teve uma abordagem mais estratégica para a região do que Trump", declarou Bárcena em entrevista à Agência Efe nesta terça-feira, durante a apresentação do Estudo Econômico da Cepal sobre a América Latina e o Caribe 2020, em Santiago, no Chile.
Segundo o relatório, a pandemia do novo coronavírus está deixando consequências "históricas" na América Latina, cuja economia sofrerá neste ano uma retração de 9,1% e que deve levar de 3 a 5 anos para se recuperar.
Segundo Bárcena, os dois candidatos às eleições presidenciais americanas de 3 de novembro estão interessados em manter as vantagens dos EUA do ponto de vista político, econômico e militar, inclusive no que diz respeito à China, embora com algumas diferenças.
"Em ambos os casos, há interesse em manter as vantagens dos Estados Unidos em questões políticas, econômicas e militares. A fragmentação entre os Estados Unidos e a China permanecerá matizada, em um formato diferente se os democratas vencerem, e mais aguda em caso de vitória dos republicanos (com Trump)", disse.
Onde Bárcena aponta que haverá diferenças é na área de aproximação com as comunidades afrodescendentes e latinas, uma área em que, segundo ela, Biden se destaca por ter uma relação mais próxima com a América Latina.
"Sobre isso, Joe Biden tem mais conhecimento, mais proximidade com nossa região. Como vice-presidente (no governo de Barack Obama), veio ao Chile, esteve na América Central, teve uma aproximação mais estratégica", opinou.
Em relação à pandemia, Bárcena também criticou a postura de minimizar a Covid-19 adotada tanto por Trump como presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
"Não reconhecer a existência da pandemia pode levar a erros. Uma coisa é que Trump e Bolsonaro, como chefes de Estado, tenham acesso aos melhores tratamentos em seus países, e outra coisa é a média da população, e acima de tudo a mais vulnerável, ter esse acesso. Essa é a chave", ressaltou a secretária executiva da Cepal. EFE
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