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Inflação acumulada em 2021 na Venezuela chega a 155,3%, diz órgão opositor

07/04/2021 21h07

Caracas, 7 abr (EFE).- A inflação acumulada em 2021 na Venezuela atingiu 155,3%, após o avanço de 9,1% em março, informou nesta quarta-feira o Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), entidade ligada ao principal líder da oposição ao governo do país, Juan Guaidó.

Para o OVF, "o principal componente da inflação é a irresponsabilidade do governo e o uso do Banco Central da Venezuela (BCV) como mecanismo para financiar o déficit fiscal".

De acordo com o ex-deputado opositor Alfonso Marquina, que apresentou os números do Observatório, a inflação interanual (de março de 2020 a março de 2021) foi de 3.867%,

A taxa de 9,1% em março foi a menor em um mês desde que a oposição começou a relatar o indicador, no final de 2017, devido à falta de informações do BCV.

Entretanto, o OVF, que relatou inflação acima de 50% tanto em janeiro como em fevereiro, disse acreditar que o indicador voltará a acelerar a partir deste mês.

"Esta é uma desaceleração dos preços que, com grande probabilidade, é circunstancial. Pensamos que os preços vão acelerar novamente em abril e seguir o caminho hiperinflacionário, desde que os fundamentos que o geraram permaneçam", acrescentou Marquina.

O setor que apresentou a maior elevação de preços no mês passado foi o da saúde, com 36,3%, devido ao "colapso do sistema de saúde na Venezuela e ao crescimento dos casos de covid-19", segundo o ex-deputado.

A entidade ligada à oposição também advertiu que, apesar de a inflação não ter ultrapassado 10 pontos em março, a cesta de alimentos para uma família de 5 membros atingiu "um recorde histórico" de US$ 289, uma quantia que a torna impagável para a maioria dos venezuelanos. EFE

rgc/id