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EUA denunciarão invasão da Ucrânia em assembleia do FMI e Banco Mundial

O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen - Saul Loeb/AFP
O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen Imagem: Saul Loeb/AFP

06/04/2022 16h50Atualizada em 06/04/2022 17h15

O governo dos Estados Unidos irá denunciar a invasão da Rússia à Ucrânia na assembleia geral de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM), que acontecerão neste mês.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela secretária do Tesouro americano, Janet Yellen.

Em um pronunciamento durante audiência do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Representantes dos EUA, a integrante do governo informou que, apesar de "uma maioria" dos países que integram o FMI estarem "horrorizados" pelas ações da Rússia, as regras da organização não permitem a expulsão do país.

Contudo, Yellen prometeu denunciar "as ações da Rússia em todas estas instâncias", diante da insistência da deputada americana Ann Wagner, que pedia para que a secretária defendesse a conversão da Rússia em um país "pária" das instituições financeiras internacionais.

Expulsar a Rússia do FIMI e do FM foi uma ideia proposta em diferentes espaços, desde o início da invasão à Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Diante dos apelos, a diretora-geral do Fundo, Kristalina Georgieva, veio a público para admitir, em entrevista coletiva concedida em março, que a medida não é possível.

A dirigente do FMI explicou que a única via contemplada pelo estatuto interno para expulsar um membro é a violação das obrigações financeiras, o que os russos não fizeram até o momento.

FMI e Banco Mundial realizarão Assembleia Geral de primavera de 18 a 24 de abril, em um formato híbrido, com eventos públicos e entrevistas coletivas em formatos digitais, mas com presença físicas aqueles que preferirem estar em Washington.

Os encontros, normalmente, reúnem os principais responsáveis pelas pastas de Economia e Finanças dos governos nacionais, além de economistas e especialistas de diversas áreas.