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Dia das mães, base fraca e efeito calendário ajudaram varejo em maio, avalia IBGE

Daniela Amorim

Rio

12/07/2017 11h47

A comemoração do Dia das Mães em 2017 foi melhor para o varejo do que nos dois anos anteriores, segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, a alta de 2,4% nas vendas do varejo em maio ante o mesmo mês de 2016 teve ajuda também de uma base de comparação fraca e do efeito calendário.

Maio deste ano teve um dia útil a mais do que maio de 2016. Além disso, o volume vendido vinha de um recuo de 9,0% em maio do ano passado ante o mesmo período do ano anterior. Em maio de 2015, a queda foi de 4,5%.

"Certamente, maio tem um efeito mais forte de Dia das Mães do que ocorreu em maio do ano passado, e vai impactar as atividades tradicionalmente beneficiadas pela data, como vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, outros artigos de uso pessoal e doméstico", apontou Isabella. "A base desse crescimento é um ano com as variações mais negativas, então é preciso relativizar esse resultado", ponderou.

No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas cresceram 4,5%, a primeira expansão desde maio de 2014. No segmento de veículos, o volume vendido cresceu também 4,5%, a primeira alta desde fevereiro de 2014. "É a atividade que caía há mais tempo, e aí tem uma recuperação. É importante", avaliou a pesquisadora.

Na comparação com maio de 2016, o destaque foi o avanço do setor de Móveis e eletrodomésticos (13,8%). Os demais resultados positivos foram registrados em Tecidos, vestuário e calçados (5,0%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%); e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,8%).

As vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo ficaram estáveis (0,0%). Houve perdas em Combustíveis e lubrificantes (-0,9%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,0%). No varejo ampliado, o setor de material de construção teve uma expansão de 9,3%.