Empresas de combustíveis sugerem adoção futura de Cide variável
"Ele foi bastante firme em dizer o seguinte: estou chamando os senhores aqui, porque quero a garantia das melhores soluções para o escoamento dos produtos e para que não permitam, de forma alguma, algum tipo de abuso", relatou Mello. "Em nenhum momento, as empresas foram pressionadas pelo ministro para reduzir preços."
Posteriormente, segundo Mello, Moreira pediu que as empresas o aconselhassem, dessem as "melhores soluções" e compartilhassem suas experiências em prol da melhoria dos processos.
Na busca por esse objetivo, foi formado um grupo de trabalho, com a participação das entidades do setor, para o compartilhamento de experiências visando à otimização da cadeia de abastecimento e ao preço mais justo para o consumidor, relatou. "O coordenador do grupo será o secretário-executivo do MME, Márcio Félix", acrescentou.
Mello disse que foram dadas ao governo sugestões e uma das ideias que teve o apoio de todos do grupo foi a de, em um "futuro próximo", usar a Cide como um colchão de arrecadação para o governo, quando os preços internacionais dos combustíveis recuarem, e como um amortecedor, quando subirem.
"Assim, teríamos variações de preços em patamares e intervalos mais palatáveis para a sociedade. As empresas acreditam que se a utilização da Cide for mais técnica do que política é excelente caminho", afirmou.
Outra fonte do setor relatou que, após o anúncio do acordo entre governo e caminhoneiros feito na noite de quinta-feira, os pedidos do ministro de Minas e Energia fizeram mais sentido. "O governo quis dar um alerta e dizer o seguinte: vou baixar os preços e espero que as quedas cheguem lá na frente", disse essa fonte.
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