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Caminhoneiros terão disque-denúncia para relatar postos que descumprem desconto

Igor Gadelha, Tânia Monteiro e Adriana Fernandes

Brasília

01/06/2018 18h09

O governo federal criou nesta sexta-feira, 1º, um disque-denúncia para caminhoneiros de todo o País denunciarem postos de gasolina que não estão aplicando o desconto de R$ 0,46 no preço do litro do óleo diesel. O Palácio do Planalto deu prazo até a próxima segunda-feira, 4, para que todos os postos diminuam o preço do combustível na bomba. O desconto foi garantido pelas medidas do governo de redução de tributos e subsídio à Petrobras.

"Atenção, caminhoneiro! Este é seu canal para denúncia. De hoje até segunda-feira, de acordo com a renovação dos estoques, todas as bombas do País devem oferecer desconto de R$ 0,46 no litro do diesel. Ajude-nos a fiscalizar.", diz texto divulgado pelo governo. Para denunciar, os caminhoneiros devem enviar mensagem via WhatsApp para o número (061) 9-9149-6368.

Em entrevista mais cedo, os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Eliseu Padilha (Casa Civil) afirmaram que o governo vai exigir que todos os 42 mil postos reduzam o preço do diesel. Segundo eles, ainda nesta sexta-feira será publicada no Diário Oficial da União (DOU) portaria do Ministério da Justiça prevendo sanções para as empresas que não aplicarem, até a próxima segunda-feira, o desconto viabilizado pelo governo.

"O governo vai exigir que chegue à bomba dos postos de abastecimento de combustível, ou seja, chegue ao tanque de todos aqueles que usam o diesel. É necessário que o diesel que está saindo hoje das refinarias chega aos postos", afirmou Marun. A declaração foi um recado para as distribuidoras de combustíveis, que calculavam que só poderiam repassar para os consumidores desconto de R$ 0,41 por litro.

Segundo Padilha, o governo está cumprindo "fielmente" o acordo que fez com os caminhoneiros em greve e que garantiram a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. O ministro explicou que R$0,16 foram descontados após o governo zerar a Cide sobre o diesel (R$ 0,05) e reduzir a alíquota da PIS-Cofins (R$ 0,11). "E o governo está pagando do seu bolso, do Tesouro Nacional, R$ 0,30", afirmou Padilha na entrevista.