BC projeta para setembro déficit do setor externo de US$ 600 milhões
Rocha destacou ainda que, dos US$ 10,607 bilhões de IDP em agosto, cerca de metade (US$ 5,469 bilhões) foi de participação no capital (operações de compra de participação ou de abertura de novas plantas), enquanto a outra metade (US$ 5,138 bilhões) foi de operações intercompanhias. "Tivemos operações de maior vulto em agosto, perto de US$ 1 bilhão", acrescentou.
O chefe do Departamento de Estatísticas afirmou ainda que quatro setores da economia responderam por 60% dos ingressos em IDP em agosto: petróleo, celulose, extração de minerais metálicos e produtos químicos. "Houve investimentos mais significativos nestes quatro setores e operações de maior vulto que, em alguns casos, se aproximaram do limite de US$ 1 bilhão", citou.
Rocha afirmou, no entanto, que ainda é cedo para dizer se o crescimento do IDP em agosto representa uma nova tendência. "Agosto foi bom e a perspectiva de setembro é boa", disse.
Questionado se o câmbio está influenciando a entrada de recursos por meio de IDP, Rocha afirmou que é "menos provável" que o impacto cambial seja determinante, pelo menos no curto prazo. "Um câmbio mais desvalorizado pode favorecer ingressos em algum momento", acrescentou.
Cenário
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central afirmou que o balanço de pagamentos continua apresentando déficits de pequena magnitude no Brasil. Ele pontuou que o déficit em conta em agosto foi de US$ 717 milhões, pouco maior que os US$ 320 milhões de déficit observados no mesmo mês do ano passado.
"Permanece, em qualquer horizonte temporal observado, um déficit pequeno, mais que inteiramente financiado pelo Investimento Direto no País", disse Rocha. Em agosto, o IDP somou US$ 10,607 bilhões.
Rocha afirmou que, de modo geral, os dados mostram o balanço de pagamentos inteiramente financiado por capitais de longo prazo.
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