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Atividades financeiras auxiliares e tecnologia da informação ajudam Serviços

Fernanda Nunes

Rio

14/12/2018 10h43

O avanço de 0,1% do setor de serviços na passagem de setembro para outubro foi influenciado principalmente pelos segmentos de tecnologia da informação e também atividades financeiras auxiliares, como corretoras, bolsas de valores e administradoras de fundos de investimento. Os dados foram apresentados nesta sexta-feira, 14, pelo IBGE, ao detalhar a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

O resultado de outubro interrompe a volatilidade de desempenho do setor, iniciada em maio, com a greve dos caminhoneiros. Em setembro, a taxa com ajuste sazonal variou negativamente 0,3%.

Na passagem de setembro para outubro, duas das cinco atividades investigadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentaram taxas positivas - outros serviços (5,5%), que registrou a maior taxa desde maio do ano passado (8,5%), e os serviços de informação e comunicação (0,5%). Em outros serviços, o destaque são atividades financeiras auxiliares.

Mas, por conta do peso que tem na composição da pesquisa, o segmento de tecnologia da informação foi o que mais contribuiu para que o setor de serviços se mantivesse no campo positivo em outubro. Esse segmento faz parte do grupo de serviços de informação e comunicação.

"Dentro dos serviços de tecnologia da informação, o destaque são os portais e ferramentas de busca. A gente tem observado também um aumento de receita de empresas que atuam para aumentar segurança contra hackers", afirmou Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE.

Ele avalia que, no ano, os transportes sustentam o setor de serviços. "O segmento de transporte permanece explicando o resultado no acumulado do ano e também na comparação interanual. As atividades de transporte rodoviária de cargas e aéreo de passageiros são os destaques", afirmou.

Os serviços estão atualmente 11,6% abaixo do ponto mais alto da série, registrada em janeiro e novembro de 2014. O índice de difusão é de 48,8%, o que demonstra que o crescimento ainda não predomina no setor de serviços.

"Há uma mudança no comportamento do setor de serviços, que vinha numa trajetória de taxas negativas no encerramento dos anos. Em 2018, houve uma frequência maior de taxas positivas nos últimos meses, o que confere ganho de ritmo da receita das empresas, embora não seja generalizado", destacou.

Os serviços prestados em hotéis, consultoria de tecnologia da informação, rodoviário de carga e transporte aéreo de passageiro são alguns exemplos de atividades que demonstram recuperação em 2018.