Com todos os olhos voltados para reformas, ritmo de investimentos caiu, diz OCDE
O documento ressaltou que a confiança das empresas começou a recuar no contexto de incerteza em torno do processo de reforma da Previdência.
Segundo a OCDE, o crescimento nos setores de serviços e primário compensou a contração da produção industrial e as perspectivas de produção agrícola continuam favoráveis. "A inflação e o núcleo da inflação estão abaixo da meta, apesar de um pequeno aumento nos últimos meses, e as taxas de juros permaneceram baixas. Isso, juntamente com o crescimento moderado dos salários, está apoiando o consumo privado, embora o desemprego ainda precise melhorar", continuou, acrescentando que os empregos criados têm sido de baixa qualidade até agora, com um número desproporcional de empregos criados no setor informal.
Sobre a questão fiscal, a Organização avaliou que os indicadores continuam se deteriorando e frisou que a melhora da qualidade das finanças públicas é crucial para restaurar a confiança. "A baixa confiança está impedindo uma recuperação mais forte da demanda doméstica, e a confiança só irá melhorar com progressos tangíveis nas reformas que garantam a sustentabilidade fiscal", defendeu.
A OCDE comentou que "algum progresso" foi feito em alguns itens de despesa, mas que a deterioração nas contas fiscais continua a ser impulsionada pelo aumento dos gastos com Previdência Social, principalmente as aposentadorias por idade. "Portanto, a reforma previdenciária, ao longo das linhas da proposta apresentada ao Congresso, continua a ser a principal prioridade para garantir a sustentabilidade da dívida, restaurar a confiança do investidor e evitar custos de financiamento mais elevados", citou.
Militares
A proposta de reforma também melhoraria, conforme a instituição, o impacto redistributivo das pensões e permitiria uma recalibragem dos gastos sociais para benefícios sociais mais eficazes.
A redução da folha salarial do setor público também é uma prioridade fundamental do País, de acordo com o documento.
A OCDE destacou que o aumento das remunerações militares provavelmente tornará mais difícil a economia em outras partes da administração.
A entidade salientou ainda que "esforços para reduzir os gastos com impostos e os subsídios de crédito para empresas do setor privado, que criaram terrenos férteis para a corrupção, sem gerar benefícios claros para o bem-estar ou a produtividade, devem continuar".
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